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    Quer fazer faculdade? Google aponta que Black Friday é oportunidade para alunos

    O Google realizou um estudo que apontou que 24% das pessoas que estão interessadas em gastar algum dinheiro na Black Friday estão à procura de uma faculdade

    Sala de aula vazia: faculdades estão tendo que se reinventar em um momento de pandemia
    Sala de aula vazia: faculdades estão tendo que se reinventar em um momento de pandemia Foto: CNN (23.set.2020)

    Marcia Tojal, colaboração para o CNN Brasil Business, em São Paulo

    A última década consolidou a Black Friday como uma das principais datas de comércio no Brasil. É bem verdade que produtos como smartphones e eletrônicos em geral ganham mais destaque.

    Mas para quem acha que só de promoção de televisores e roupas vive a Black Friday brasileira, 2020 está aqui para mostrar que essa ideia talvez esteja defasada. Um setor que deve alcançar maior relevância neste ano é o de educação, mais precisamente o de ensino superior.

    O Google realizou um estudo online com 600 pessoas, que disseram ter interesse em comprar algo nesta Black Friday, e 24% deles afirmaram que enxergam no evento uma oportunidade de ingressar nas universidades.

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    Segundo Guilherme dos Anjos, responsável pela área de negócios de educação do Google Brasil, as instituições de ensino que apostaram na data no ano passado colheram expressivos resultados de matrículas. 

    Para este ano, no entanto, há um fator totalmente diferente: a pandemia. A Covid-19 alterou todo o calendário do ano letivo de 2020 e até do início das aulas do ano que vem. Muitos alunos tiveram sua renda familiar comprometida devido ao desemprego e não conseguiram manter o pagamento das mensalidades.

    Segundo levantamento do Semesp, 858 mil alunos deixaram de cursar o ensino superior na rede particular neste ano. A projeção inicial, feita pela instituição em maio, era de aproximadamente 484 mil.

    EAD em destaque

    Para 2021, a expectativa é que haja um crescimento na demanda da Educação à Distância (EAD). Segundo estudo Educa Insights, também realizado pelo Google, esta foi a modalidade de maior crescimento no segmento de Educação.

    O mercado de educação superior prevê crescimento de 8,3% da base total em 2021, com todo o incremental vindo de EAD, e já representando 43% de toda a base de matriculados do ensino superior.

    “Descontos são artifícios comuns na dinâmica do setor de educação pois o volume de matrículas é bastante sensível ao preço ofertado. Aproveitar a data para criar condições com que mais pessoas possam estudar não vai afetar negativamente a imagem da marca, muito pelo contrário”, diz Guilherme.

    Inclusive, nomes como Kroton, da Cogna (COGN3) e Estácio de Sá, da Yduqs (YDQS3) já estão divulgando algumas de suas promoções.

    A Kroton, que é dona das faculdades Anhanguera e várias outras marcas, está oferecendo cursos presenciais inteiros à metade do preço, enquanto a Estácio está oferecendo metade do curso pago, além de descontos adicionais de R$ 49 durante os três primeiros meses.

    É a chance das empresas conseguirem se recuperar do tombo de 2020. Há um ano, havia uma clareza quanto ao que esperar sobre o número de matrículas, que respeitavam uma sazonalidade já bem estabelecida com os programas de governo.

    Com a pandemia, e o adiamento das provas do Enem para Janeiro de 2021, e seu resultado saindo em Março, houve uma quebra desse ciclo. A partir dessa nova configuração, em busca de gerar ofertas e oportunidades, a tendência é que as instituições vejam na Black Friday uma ótima maneira de atrair novos alunos.

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