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    Dólar e bolsa fecham em alta à espera de eleição nos EUA

    Investidores mantêm a cautela e aguardam vitória do favorito nas pesquisas, o democrata Joe Biden

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Em dia decisivo para as eleições presidenciais mais polarizadas da história dos Estados Unidos, investidores concentram todas as atenções em torno da disputa e apostam numa vitória do favorito até agora nas pesquisas, o democrata Joe Biden.

    O dólar fechou em alta contra o real nesta terça-feira, com a cautela em relação ao cenário fiscal doméstico ofuscando o apetite global por ativos de risco.

    A moeda norte-americana à vista subiu 0,39%, para R$ 5,7609 na venda, depois de ter chegado a tocar R$ 5,6496 na mínima do dia, queda de mais de 1,5%. 

    Segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho, “o real está com performance aquém de seus pares emergentes em razão de preocupações com o cenário fiscal brasileiro”.

    Já o Ibovespa acompanhou o bom humor nas bolsas do exterior e fechou em alta nesta terça-feira (3), que sucede o feriado do Dia de Finados no Brasil.

    O principal índice da bolsa de valores brasileira subiu 2,16%, perto da máxima do dia, para 95.979 pontos, recuperando parte das perdas expressivas da semana anterior. 

    A partir de hoje, as negociações na bolsa brasileira vão das 10h às 18h para acompanhar o horário das bolsas dos Estados Unidos. 

    As ações da CSN (CSNA3) tiveram a maior alta do pregão, com variação positiva de 9%. Logo em seguida, aparecem as ações da Gerdau (GGBR4), com valorização de 6,3%, e da Usiminas (USIM5).

    Na outra ponta, as ações que mais sofreram hoje foram CVC (CVCB3), com queda de 3,2%, da brMalls (BRML3) – desvalorização de 3% – e da SulAmerica (SULA11), que caiu 2,5%. 

    Internamente, os investidores também repercutem a ata da última reunião do Banco Central, em que o Copom manteve a Selic na mínima histórica de 2% ao ano. Apesar de reconhecer uma pressão inflacionária mais forte no curto prazo, a autoridade monetária deixou novamente a porta aberta para eventual corte nos juros básicos. 

    Declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na segunda-feira de que está preocupado e pessimista com o calendário desorganizado do governo para as pautas que deveriam ser votadas ajudou a elevar a cautela entre os investidores locais, disse Rostagno.

    “Nosso tempo já passou”, disse Maia em live promovida pelo jornal Valor Econômico, afirmando que o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 pode ser votado até dezembro, mas o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) do próximo ano, não.

    Na agenda de resultados, o dia conta com BB Seguridade (BBSE3), IRB (IRBR3), Itaú (ITUB4), Minerva (BEEF3) e TIM (TIMS3). Mais cedo, o braço de seguros do Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 1,096 bilhão no terceiro trimestre, um pouco acima do resultado de um ano atrás.

    Bolsas internacionais

    As bolsas mundiais demonstravam otimismo dos investidores antes do resultado das eleições nos EUA. Em Wall Street, os principais índices operavam em alta. Às 13h38 do horário de Brasília, o S&P 500 valorizava 2,26%, o Dow Jones subia 2,46% e o Nasdaq 100 crescia 2,25%.

    As ações de bancos e de montadoras impulsionaram o índice de referência das ações europeias para a máxima de uma semana nesta terça-feira, enquanto investidores antecipavam que uma vitória clara do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos resultaria em mais estímulo econômico.

    O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 2,3% – seu melhor dia desde meados de junho. As bolsas em Frankfurt, Paris e Londres registraram ganhos semelhantes.

    Já no mercado asiático, os índices da China fecharam em alta nesta terça-feira (3), liderados pelos ganhos em ações financeiras e de materiais, com os investidores apostando mais em uma recuperação econômica rápida da pandemia. O CSI300 subiu 1,2%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,42%.

    (Com Reuters)

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