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    Bolsa tem maior pontuação desde fevereiro; dólar cai ao menor valor desde julho

    Os investidores estão animados com dados positivos vindos da indústria chinesa e com possibilidade de novos avanços de vacinas contra a Covid-19

    Manuela Tecchio*, do CNN Brasil Business, em São Paulo



     

    O mês de dezembro começou com os investidores otimistas. Em linha com o desempenho das principais bolsas do mundo, o Ibovespa, principal índica da bolsa de valores brasileira, fechou o dia em alta de 2,3%, a 111.399,91 pontos.

    É a maior pontuação desde 21 de fevereiro (113.681,42), véspera de Carnaval e último dia antes de o temor pelo coronavírus se alastrar pelos mercados globais.

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    O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e o secretário do Tesouro dos EU
    O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, em audiência do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes, em Washington, EUA, 30 de junho de 2020.
    Foto: Tasos Katopodis/Pool via REUTERS

    Quando voltou do feriado, na quarta-feira de cinzas de 26 de fevereiro, a bolsa paulista caiu 7% em um único dia e entraria em uma espiral de queda que não havia se recuperado até agora.

    Na mesma onda de otimismo, o dólar caiu 2,21% e fechou cotado a R$ 5,228 na venda, menor patamar para um encerramento desde 31 de julho (R$ 5,218).

    As injeções de boas notícias levaram bons desempenhos em mercados de todo o mundo. Nas bolsas dos Estados Unidos, tanto o S&P 500 quanto a Nasdaq fecharam em um novo recorde histórico nesta terça-feira. 

    Os investidores ainda surfam na animação pela expectativa de bons resultados com as vacinas que estão em teste contra o coronavírus, além de dados positivos vindos da indústria chinesa. Em novembro, a atividade industrial da China acelerou no ritmo mais forte em uma década, de acordo com uma pesquisa empresarial no país.

    Entre as maiores altas na bolsa durante o dia, se destacaram as companhias de educação Yduqs (confira a cotação em tempo real: YDUQ3), com alta de 7,9%, e Cogna (+ 5%, COGN3)

    A concessionário de rodovias Ecorodovias subiu 12,90% (confira a cotação em tempo real: ECOR3), com a notícia de aumento dos pedágios em rodovias de São Paulo.

    Já na ponta inversa, estão os papéis da Raia Drogasil (RADL3), com queda de 3,37%, e da Totvs (TOTS3) com recuo de 3,70%.

    Recordes nos EUA

    Nos Estados Unidos, o S&P 500 ganhou 1,1%, a 3.662 pontos, e o índice de tecnologia Nasdaq avançou 1,28%, a 12.355 pontos. Nos dois casos, é a maior pontuação já registrada. O índice Dow Jones subiu 0,63%, a 29.824 pontos.

    Os papéis da Pfizer saltaram quase 3%, depois que a farmacêutica e a alemã BioNTech buscaram com o regulador europeu aprovação emergencial de sua candidata a vacina.

    Os parceiros estão em uma competição com a rival Moderna, que também solicitou aprovação emergencial ao regulador europeu. As ações da Moderna despencaram quase 8% depois de na véspera baterem recorde.

    Na Europa, o índice pan-europeu STOXX 600 chegou a operar parte do dia no vermelho, com investidores realizaram alguns lucros, ma trocou o sinal e encerrou o dia em alta de 0,65%. O índice teve ganhos de quase 14% em novembro.

    Já na China, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 2,15%, sua maior alta diária desde 12 de outubro.

    Entre as movimentações do dia, os investidores se atentaram a comentários do secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ao Comitê Bancário do Senado, em que concordaram sobre a necessidade de mais auxílio para pequenas empresas.

    Na mesma linha, a indicada pelo presidente eleito Joe Biden para comandar o Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta terça-feira que os EUA estão passando por uma crise histórica devido à pandemia do coronavírus e que sua queda econômica exige ação urgente para evitar uma crise que se “retroalimenta”.

    *Com Reuters

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