Mourão defende manter e aprimorar auxílio emergencial no pós-pandemia
Para o vice-presidente, pandemia agravou tensões e vulnerabilidades e demonstrou a importância da política de assistência financeira
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), defendeu nesta quarta-feira (26) o auxílio emergencial como medida contra a crise provocada pela Covid-19 e defendeu a sua manutenção e aprimoramento para o período pós-pandemia.
A declaração vem a público em meio a indícios de discordância entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o Renda Brasil, programa que deve suceder o auxílio e unificar os sistemas de transferência de renda no país, como o Bolsa Família e outros.
Em uma palestra, por videoconferência, promovida pelo grupo Ser Educacional, Mourão destacou também que “trabalhadores informais, microempreendedores, autônomos e desempregados contam com essa renda para que estejam em condições de se reinserir no mercado de trabalho”. O vice-presidente disse que a política de Assistência Social deverá ser aprimorada e mantida após pandemia para continuar a prover dignidade e liberdade para famílias vulneráveis.
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Mourão considerou que a pandemia “agravou tensões e vulnerabilidades em todos os países”. “A pandemia da Covid-19 demonstrou a importância da política de assistência financeira para que as pessoas em situação de maior vulnerabilidade estejam protegidas contra carências e privações.”
Segundo Mourão, o Brasil é um país de enormes desigualdades sociais, econômicas e regionais. “O Estado brasileiro não pode se furtar ao enfrentamento e mitigação dessas disparidades, Estado de direito e de sociedade civil forte são duas faces de uma mesma moeda. Uma sociedade vibrante e organizada será sempre a principal proteção contra abusos dos poderes estatal”, disse.
Reforma da previdência
Hamilton Mourão também destacou a importância das alterações nas regras de aposentadoria, aprovadas ano passado. “A reforma da previdência aprovada em 2019 ilustrou a importância em realizar ajustes para que nossos filhos, netos e bisnetos não sejam obrigados a trabalhar indefinidamente para pagar pelas aposentadorias precoce dos seus antepassados.”
Nessa linha, Mourão defendeu que o novo sistema se tornou mais sustentável. “A sustentabilidade tornou-se elemento essencial do pacto geracional deste século XXI. Não há democracia sem liberdade”, disse.