Com lucro recorde em 2020, quarteto de big techs vale um terço do PIB dos EUA
Amazon, Apple, Google e Microsoft hoje são as únicas empresas das Américas avaliadas em mais de US$ 1 trilhão cada
Enquanto muitas empresas no mundo viram seus lucros despencarem em meio a pandemia do novo coronavírus, quatro big techs tiveram recordes de faturamento: US$ 176,8 bilhões (aproximadamente R$ 946 bilhões). Amazon, Apple, Google e Microsoft hoje são as únicas empresas das Américas avaliadas em mais de US$ 1 trilhão cada.
De acordo com um relatório da consultoria Economatica, em valor de mercado, juntas, as americanas equivalem a US$ 7,14 trilhões, o que corresponde a um terço de todo PIB dos Estados Unidos. Esse desempenho positivo das marcas ainda representa um crescimento conjunto de 64% em relação a 2019, quando estavam cotadas a US$ 4,3 trilhões.
Atual marca mais valiosa do mundo, a Apple viu seus ganhos crescerem em mais de 72%, saltando de US$ 1,3 tri para US$ 2,2 tri, em 2020. Entretanto, o melhor desempenho veio da Amazon, que quase dobrou seu valor de mercado, passando de US$ 916 bilhões para US$ 1,66 trilhão no período.
Já o Google e Microsoft ficaram um pouco atrás e, ambos, tiveram uma valorização de 50% no intervalo dos 4 trimestres. A corporação de Bill Gates agora vale US$ 1,8 tri, enquanto a gigante de buscas atingiu a marca de US$ 1,3 tri.
Dívidas também são altas
Embora o faturamento dessas big techs venha batendo recordes sucessivos nos últimos anos, suas dívidas somam altas históricas e já passam dos US$ 280 bilhões (cerca de R$ 1,5 trilhão). Esse montante configura um crescimento de 10,2% em relação à taxa de endividamento delas em 2019.
A Apple recebe também o atributo menos concorrido, que, em disparada, é a mais endividada entre as quatro. A empresa que, em 2013, tinha dívida bruta de US$ 16 bilhões, encerrou 2020 com US$ 112 bi, cerca de 3,4% a mais que no ano anterior.
A lista segue com a Amazon devendo US$ 84,3 bi, a Microsoft, US$ 60,5 bi e o Google, a menos enfividada de todas, com um saldo negativo de US$ 25 bi. O que chama atenção neste último é que sua dívida cresceu quase 70% desde 2019, quando o número era menor que US$ 14 bi.