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    Mercado de trabalho tem recuperação gradual nos EUA; manufatura avança

    A atividade fabril na região do meio-Atlântico acelerou este mês, com os fabricantes relatando um boom de novos pedidos

    Lucia Mutikani, da Reuters

    O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego diminuiu modestamente na semana passada, conforme a pandemia de Covid-19 se espalhava pelo país, aumentando o risco de a economia cortar empregos pelo segundo mês consecutivo em janeiro.

    Apesar dos problemas do mercado de trabalho, a economia continua ancorada pelos fortes setores da manufatura e da habitação. Outros dados divulgados nesta quinta-feira (21) mostraram que a construção de casas e as licenças para futuras construções residenciais aumentaram em dezembro para os níveis mais altos desde 2006.

    A atividade fabril na região do meio-Atlântico acelerou este mês, com os fabricantes relatando um boom de novos pedidos.

    O setor de serviços foi o mais afetado pela crise do coronavírus, impactando desproporcionalmente os trabalhadores de baixa renda, que tendem a ser mulheres e minorias.

     Lidar com a chamada recuperação em forma de K, em que os trabalhadores mais bem pagos estão indo bem enquanto os menos remunerados estão perdendo, é um dos principais desafios que o presidente Joe Biden e seu novo governo enfrentam.

    Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 900 mil, em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 16 de janeiro, contra 926 mil na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho. Economistas ouvidos pela Reuters previam 910 mil pedidos na última semana.

    As reivindicações não ajustadas caíram em 151.303, para 960.668 mil na semana passada. Incluindo um programa financiado pelo governo para os trabalhadores autônomos, temporários e outros que não se qualificam para os programas regulares de desemprego, 1,4 milhão de pessoas entraram com pedidos de auxílio na semana passada.

    Infecções por coronavírus fora de controle estão interrompendo as operações em empresas como restaurantes, academias e outros estabelecimentos onde as multidões tendem a se reunir, reduzindo as horas de muitos trabalhadores e empurrando outros para fora do emprego.

    Os consumidores também estão se acomodando em casa, levando a um enfraquecimento da demanda. A Covid-19 infectou mais de 24 milhões de pessoas, com o número de mortos ultrapassando 400 mil desde o início da pandemia nos Estados Unidos.

    Em outro relatório, o Departamento de Comércio disse que o início de construção de moradias saltou 5,8% no mês passado, para uma taxa anual sazonalmente ajustada de 1,669 milhão de unidades, o nível mais alto desde setembro de 2006.

    Economistas previam que o início da construção aumentaria para 1,560 milhão de unidades em dezembro.

    As licenças para construção de casas no futuro aceleraram 4,5% para uma taxa de 1,709 milhão de unidades em dezembro, a maior desde agosto de 2006. As licenças, que normalmente levam a partir de um a dois meses para se tornarem construções, totalizaram 1,452 milhão no ano passado, um aumento de 4,8% em relação a 2019.

    O mercado imobiliário está sendo sustentado por hipotecas mais baratas e um êxodo dos centros das cidades para os subúrbios e outras áreas de baixa densidade, à medida que as empresas permitem que os funcionários trabalhem em casa e as escolas mudam para aulas online por causa da pandemia.

    Um terceiro relatório do Federal Reserve da Filadélfia mostrou que seu índice de condições de negócios disparou para uma leitura de 26,5 este mês, de 9,1 em dezembro.

    Uma medida de novos pedidos em fábricas na região que cobre o leste da Pensilvânia, sul de Nova Jersey e Delaware, saltou para uma leitura de 30,0 de 1,9 em dezembro.

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