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    Dólar enfrenta correção e sobe após encostar em R$ 5; Ibovespa fecha em queda

    A moeda norte-americana abriu a semana novamente em queda, mas, ao chegar perto dos R$ 5, passou a ganhar fôlego

    Leonardo Guimarães e Matheus Prado, , do CNN Brasil Business

    O dólar abriu a semana em queda, mas ao se aproximar dos R$ 5 passou a subir em um movimento de correção e fechou em forte alta. A moeda norte-americana avançou 1,57% para R$ 5,1269 depois de ter caído a R$ 5,01 na mínima do dia. O Ibovespa fechou em queda 0,45% para 114.611 pontos. 

    Alguns analistas disseram que essa virada no comportamento da moeda não refletia uma mudança significativa no cenário desta manhã, atribuindo o movimento a um ajuste em relação às mínimas do dia.

    “Há pontos de realização. Quando a moeda encosta em R$ 5 é natural que haja um movimento de compra”, disse à Reuters Fernando Bergallo, diretor de operações da assessoria de câmbio FB Capital, acrescentando que o mês de dezembro deve contar com volatilidade, devido a mudanças na liquidez e reajuste de posições.

    A notícia de que a extensão do Auxílio Emergencial poderia ser incluída em um projeto no Senado deixou investidores preocupados, mas o texto não teria o poder de tirar recursos do teto de gastos e dependeria da aprovação do Senado, da Câmara e do presidente Jair Bolsonaro. O texto da proposta mantém o pagamento de R$ 300 a todos os beneficiários atuais do auxílio emergencial. 

    A extensão do benefício de R$ 300, chamada de “auxílio emergencial residual”, tem custo total estimado pelo governo de R$ 67,6 bilhões.

    O avanço do dólar aconteceu apesar do otimismo no exterior em torno de mais estímulos nos Estados Unidos e progresso em direção à ampla distribuição de vacinas, enquanto no Brasil os investidores ficavam de olho em indicadores da atividade econômica.

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    O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou avanço de 0,86% em outubro na comparação com o mês anterior, de acordo com dado dessazonalizado divulgado pelo BC nesta segunda.

    “Este é o sentido do que convencionei chamar recuperação em raiz quadrada, que é explicada em parte pela a abrupta elevação dos meses anteriores, que estatisticamente cria este efeito, mas também pela falta de dinamismo interno da economia que nos parece muito dependente dos auxílios governamentais que agora estão em fade out”, diz André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos.

    Lá fora

    O S&P 500 encerrou em queda nesta segunda-feira após o início da distribuição de uma campanha de vacina contra a Covid-19 nos Estados Unidos, enquanto a Alexion Pharmaceuticals teve forte alta com a oferta de compra de US$ 39 bilhões da AstraZeneca, em um dos maiores negócios do ano. 

    O Dow Jones atingiu uma máxima recorde antes de encerrar em baixa, pressionado por papéis da Walt Disney.

    O Dow Jones recuou 0,62%, aos 29.8617 pontos, o S&P 500 perdeu 0,44%, aos 3.647 pontos. O Nasdaq teve alta de 0,50%, aos 12.440 pontos.

     As ações europeias subiram nesta segunda-feira, uma vez que a decisão de prorrogar as negociações comerciais entre o Reino Unido e União Europeia mantinha vivas as esperanças de um eventual acordo, mas os ganhos no índice Londres foram limitados pela alta da libra e queda de quase 6% da AstraZeneca.

    Com os bancos na liderança, o índice STOXX 600 subiu 0,4% após romper uma sequência de ganhos de cinco semanas, encerrando em queda de 1% na semana passada.

    Já os mercados acionários da Ásia não tiveram sinal único nesta segunda-feira (14). A Covid-19 e seus riscos à atividade seguem em foco, mas também a perspectiva de vacinação contra o vírus adiante, no dia em que deve começar a imunização nos Estados Unidos com a vacina da Pfizer e da BioNTech. No Japão, influenciou a avaliação mais otimista sobre o cenário por empresas do país.

    Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em alta de 0,30%, em 26.732,44 pontos, com ações de companhias de transporte e de montadoras de automóveis em destaque. O noticiário local sobre o novo coronavírus seguiu em foco, em meio a relatos da imprensa local de que o governo planeja retirar Tóquio e Nagoya como destinos de uma campanha para viagens domésticas, diante da alta da Covid-19 nas duas cidades.

    Na China, a Bolsa de Xangai registrou ganho de 0,66%, a 3.369,12 pontos. A Bolsa de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 1,07%, para 2.352,12 pontos. No setor financeiro chinês, China Merchants Bank subiu 3,96%, mas Bank of China recuou 0,31%. Air China mostrou queda de 1,16%, enquanto Dongfeng Automobile se destacou, em alta de 10,07%.

    Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve baixa de 0,44%, em 26.389,52 pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi caiu 0,28%, a 2.762,20 pontos, sem impulso. Na Bolsa de Seul, ações ligadas a viagens e varejo recuaram, enquanto as de transportes marítimos e tecnologia avançaram.

    Um novo surto de casos da Covid-19 pesou sobre o sentimento, com a Coreia do Sul reportando 718 novos casos da doença na segunda-feira, após ter tido 1.030 no domingo, dia que marcou o maior avanço diário nos casos para a nação asiática desde o início da pandemia. Em Taiwan, o índice Taiex teve baixa de 0,36%, a 14.211,05 pontos.

    Na Oceania, na Bolsa de Sydney o índice S&P/ASX 200 fechou com ganho de 0,26%, a 6.660,20 pontos, mesmo com baixas em algumas ações ligadas a commodities. Afterpay teve alta de 8,8% e registrou fechamento recorde, com o setor financeiro em geral mostrando força. 

    (Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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