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    B3 torna investimento em BDRs mais barato de olho no pequeno investidor

    Expectativa da bolsa é que, em outubro, pessoas físicas possam investir em ações internacionais, como Apple e Microsoft

    CNN Brasil Business

    A bolsa brasileira anunciou a redução do lote padrão de recibos de ações (chamados de BDRs) e de fundos de índices de renda variável (ETFs, na sigla em inglês). O pano de fundo para isso é que o valor do lote padrão era — muitas vezes — inviável para o bolso do pequeno investidor. A mudança passa a valer no dia 28 de setembro.

    A partir dessa data, a quantidade mínima negociada de BDRs Não Patrocinados Nível I, ETFs de renda variável e as Opções sobre ETFs de renda variável passarão de 10 para 1 unidade. Além disso, os BDRs Patrocinados Nível II ou III passarão de 100 unidades para 1 unidade.

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    Em nota, a B3 diz que vem trabalhando em conjunto com o mercado para o desenvolvimento dos BDRs desde 2018. Além de listar mais de 500 programas, a B3 passou a aceitar esse produto como margem de garantia e habilitou o empréstimo de ativos para os BDR Não Patrocinados.

    “Essa era mais uma alteração aguardada pelo mercado nos BDRs que, associada à constante revisão da paridade dos programas, cria melhores condições de acesso aos investidores pessoas físicas nas ações internacionais e, consequentemente, dos investidores institucionais. É mais um importante passo para impulsionar a liquidez e volumes do produto”, comenta Felipe Paiva, diretor de relacionamento com clientes da B3, em nota.

    A alteração para BDR acontece em um momento relevante para o mercado de capitais, uma vez que se aguarda a aprovação da CVM em relação ao regulamento e manual do emissor da B3 para que, dessa forma, o produto fique à disposição do investidor pessoa física.

    BDR para pessoa física

    Em 11 de agosto a CVM divulgou a mudança da regra de acesso aos BDRs ampliando à pessoa física. A partir disso, a B3 passou a trabalhar na operacionalização do produto, submetendo seus regulamentos para aprovação da CVM. Somente após a validação da autarquia, o produto ficará disponível para o investidor de varejo.

    “Sempre em parceria com a CVM e com o mercado trabalhamos de forma bastante cuidadosa para que todos esses passos fossem dados. Nossa expectativa é que no mês de outubro as pessoas físicas possam efetivamente investir em ações internacionais”, pontua Mario Palhares, diretor de Produtos Listados da B3.

    A nova regra também permite o desenvolvimento do mercado de ETFs no Brasil, pois a CVM autorizou ETFs estrangeiros e títulos de dívida como lastros dos BDRs. “Essas alterações são uma excelente oportunidade para ampliar as alternativas de investimentos no país e fortalecer, ainda mais, o mercado financeiro e de capitais brasileiro”, complementa Paiva.

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