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    ‘Sofri preconceito’, diz Katia Vaskys, 1ª gerente-geral da IBM no Brasil

    Executiva quer formar novas lideranças, especialmente mulheres, na área de tecnologia

    Katia Vaskys, gerente geral da IBM Brasil.
    Katia Vaskys, gerente geral da IBM Brasil. Foto: Divulgação IBM

    Aline Macedo, do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    A executiva Katia Vaskys fez história na centenária empresa de tecnologia IBM. No início de janeiro, ela foi nomeada gerente-geral da organização no Brasil, cargo similar ao de CEO. Em 104 anos desde a fundação, é a primeira vez que uma mulher ocupa essa cadeira. Mas Vaskys não chegou lá por acaso nem sem passar por obstáculos que quase todas as mulheres enfrentam: o preconceito.

    “Acho extremamente importante falar que sofri preconceito, sem mascarar a realidade ou dar um viés que apenas o esforço pessoal supera isso”, diz ela. “O preconceito foi superado com ajuda de mentores e de programas que me permitiram vencer essas situações.”

    Não por acaso, a missão de Vaskys na IBM não será somente acelerar a transformação digital de clientes, além de vender serviços em nuvem e inteligência artificial, mas também formar novas lideranças, especialmente mulheres. 

     Desde que a sua nomeação, diversas jovens a procuraram afirmando que a sua chegada ao topo foi um “despertar de novas possibilidades”.

    “Isso é incrível, uma grande fonte de inspiração para mim e um alerta para meu compromisso em criar redes de apoio e conexão com os jovens, que são o motor de transformação do nosso mundo”, afirma.

    Para a executiva, é necessário estimular o pensamento científico, diversidade de pensamento e inclusão dentro e fora da IBM. Não por acaso, a IBM lançou a SkillsBuild, uma plataforma de aprendizagem online, gratuita e aberta que visa capacitar candidatos a vagas de empregos. Os inscritos podem escolher entre milhares de cursos interativos em proficiências técnicas e de trabalho, além de aproveitar as ferramentas de coaching pessoal para a construção de um portfólio. 

    O projeto de Vaskys vai ajudar muito o setor de tecnologia — no qual sobram vagas e faltam pessoas capacitadas. Ela quer mudar isso e ajudar as pessoas que, durante a pandemia, decidiram tomar (ou tiveram que tomar) outros rumos.

    Um estudo realizado pela IBM apontou que uma em cada cinco pessoas deixou seus empregos voluntariamente em 2020, enquanto 28% dos entrevistados planejam mudar de emprego neste ano. Quem sabe até iniciar uma carreira nova – e 72% dos entrevistados afirmam que vão buscar cursos de educação continuada na internet.

    Aliás, educação é fundamental em todas as carreiras. A própria Vaskys é um exemplo: ela se formou em comunicação social e jamais pensou que ia trabalhar com tecnologia. Começou a realizar cursos e treinamentos na área de tecnologia e percebeu que a área tem, mais do que nunca, poder de transformar a vida das pessoas. Inclusive, a sua própria.

    “Eu não escolhi esse ramo, mas foi ele que me escolheu. No fundo, nunca deixei de acreditar no poder transformador das pessoas e da inovação nos negócios e na sociedade. Acredito que essa é a essência da tecnologia da informação”, diz ela.

    Agora, Vaskys quer transformar a vida de outras tantas mulheres durante a sua gestão na IBM. Sem abrir mão dos resultados, é claro.

    *Com supervisão de Natália Flach e André Jankavski

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