Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Balança comercial teve superavit de US$ 50,9 bilhões em 2020

    Principal motivo desse resultado foi a queda nas importações. Previsão para este ano é que o número seja ainda maior, de US$ 53 bilhões

    Anna Russi, , do CNN Brasil Business, em Brasília

    Com saldo positivo de US$ 50,995 bilhões, a balança comercial brasileira avançou 6,15% em 2020, na comparação com o ano anterior. O valor é o terceiro maior da série histórica, iniciada em 1989. O resultado do ano foi puxado, principalmente, por um recuo de 9,7% nas importações, em comparação ao registrado em 2019.

    Os números foram divulgados pelo Ministério da Economia nesta segunda-feira (4). No total, a compra de produtos estrangeiros somou US$ 158,926 bilhões. Já as exportações de produtos brasileiros, que somaram US$ 209,921 bi, caíram 6,1%. 

    Por outro lado, em dezembro, a importação avançou 39,9%, em um total US$ 12,556 bilhões. As exportações recuaram 5,3%, totalizando US$ 18,503 bilhões. Assim, o último mês do ano passado teve saldo negativo em US$ 42 milhões. 

    Leia também:
    Focus: mercado reduz estimativas para inflação e crescimento econômico em 2021
    Ritmo de concessão de crédito deve cair pela metade em 2021, estima Febraban

    Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior, Herlon Brandão, o déficit no mês de dezembro foi causado por operações de nacionalização de cinco plataformas de petróleo pelo Repetro. “Isso foi o que causou esse grande crescimento das importações (39,9%). Foram nacionalizadas 5 plataformas, no valor de US$ 4,7 bilhões, em dezembro”, esclareceu.

    “Se desconsiderarmos essa operações, as importações seguem com alta de 4%. Assim, haveria um superávit comercial, como é sazonalmente esperado, no valor de US$ 4,7 bilhões”, completou. O Repetro é um regime aduaneiro especial que suspende a cobrança de tributos federais na importação de equipamentos para o setor de petróleo e gás. 

    Apesar do saldo negativo em dezembro, a corrente de comércio, que serve como termômetro para a atividade econômica, avançou 13% ante o mesmo mês de 2019. O avanço, no entanto, não foi o suficiente para conter a queda de 7,7% do indicador, que soma as exportações e importações brasileiras, no acumulado do ano, que totalizou US$ 368,847 bi.

    De acordo com a estimativa da equipe econômica, com avanço de 3,9%, a balança comercial deve registrar um saldo positivo de US$ 53 bilhões em 2021. A expectativa é que o número seja resultado de US$ 221,1 bilhões em exportações e US$ 168,1 bi em importações. Para a corrente de comércio, é esperada alta de 5,5%, para US$ 389,2 bilhões.

    Na avaliação do secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, o padrão do comércio mundial foi muito guiado pelo padrão de comércio das maiores economias do mundo. “No caso brasileiro, nosso comércio foi muito guiado pelos países da região Asiática, pelo ritmo de recuperação desses países, sobretudo da China”, destacou. 

    Para ele, com a recuperação da economia das regiões de destino tradicional das exportações brasileiras e o passar da pandemia, “é natural que o Brasil volte a recuperar mercado nesses destinos (Europa, Argentina e EUA)”.

    Tópicos