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    Focus: mercado já prevê inflação de 2020 em 3,2%

    Ainda assim, o percentual fica abaixo do centro da meta para o IPCA, de 4%, mas é mais que o dobro projetado em junho, quando se esperava 1,52% para o ano

     
      Foto: Adriano Machado/Reuters

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília

    As projeções do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do país, saltaram de 3,02%, na semana passada, para 3,2%.

    A previsão está no Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (9). O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos.

    Como consequência da recessão econômica e dos demais impactos da pandemia de Covid-19 na economia, a projeção do mercado financeiro para a inflação despencou desde março. Em seu menor patamar, atingido em junho, a expectativa chegou a ser de 1,52%. 

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    O valor era bem abaixo do piso da meta. Para este ano, o centro da meta é de 4,00% com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual, ou seja, podendo variar de 2,50% a 5,50%. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e, para persegui-la, o BC eleva ou reduz a taxa de juros básica, a Selic, atualmente na mínima histórica, a 2% ao ano. 

    No entanto, com o início da retomada econômica e a alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis, que levaram a maior inflação para meses de setembro desde 2003, as previsões para o IPCA têm avançado.

    Desempenho econômico 

    Já as projeções para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), permaneceram quase estáveis, com leve variação de queda de 4,81% para recuo de 4,80%.

    A previsão de recessão econômica este ano reflete os impactos da pandemia da Covid-19, na economia nacional e mundial, que também caminha para uma retração. 

    Com a melhora nas previsões, a projeção do mercado se aproxima da estimativa oficial da equipe econômica de queda de 4,7%. Na semana passada, no entanto, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, informou que a pasta deve revisar a projeção no início de novembro. 

    Vale lembrar que o ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmou que a recessão econômica do Brasil deve ser em um patamar abaixo dos 4%. 

    Apesar de terem melhorado suas expectativas, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), ainda veem retração de 5,4% e 5,8% na economia brasileira. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que a recessão da economia brasileira seja de 6,5%.

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