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    Dólar fecha em forte queda, a R$ 5,45; Ibovespa recua com Orçamento no radar

    A moeda americana fechou o pregão desta quinta-feira no menor patamar desde 24 de fevereiro, quando era negociado a R$ 5,4219

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães, , do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar sofreu nesta quinta-feira a maior queda desde o fim de março, fechando no menor patamar em dois meses, a R$ 5,4558 (queda de 1,67%), com fortes vendas de moeda decorrentes de uma combinação entre ajuste pós-feriado, fluxo positivo e desmonte de posições em meio à percepção de algum alívio do lado fiscal.

    Na B3, o Ibovespa recuou 0,58%, para 119.371 pontos na volta do feriado. Pela manhã, antes do discurso do presidente Jair Bolsonaro na Cúpula de Líderes sobre o Clima, o Ibovespa avançava 0,55%. 

    Porém, o principal fator de influência sobre o Ibovespa hoje foi o exterior, com os índices acionários dos Estados Unidos caindo após notícias de que o presidente americano, Joe Biden, planeja aumentar o imposto sobre ganhos de capital

    Com discurso breve do presidente, o Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões de carbono em 40% e a eliminar o desmatamento ilegal até 2030. Ainda houve o compromisso de alcançar a neutralidade climática até 2050. 

    O mercado também se manteve atento no Orçamento depois que o presidente Jair Bolsonaro sancionou na véspera o projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A expectativa é que agora imbróglio acabe e o governo consiga focar em outras pautas.

    Na Europa, o Banco Central Europeu manteve o juro de referência parado em -0,5%, o que pode seguir impulsionando os ativos do Velho Continente.

    Lá fora

    Os mercados de ações dos Estados Unidos tiveram firme baixa nesta quinta-feira, em meio a notícias de que o presidente norte-americano, Joe Biden, planeja quase dobrar o imposto sobre ganhos de capital, o que, segundo analistas, forneceu argumento para realização de lucros em um mercado sem direção e que aguarda a divulgação na próxima semana de balanços de grandes empresas de tecnologia.

    O Dow Jones caiu 0,88% para 33.838 pontos, o S&P 500 perdeu 0,89%, para 4.136 pontos e o Nasdaq Composite cedeu 0,97%, para 13.815 pontos.

    As ações europeias avançaram para perto de patamares recordes nesta quinta-feira, depois de tropeçarem no começo da semana, com um conjunto de balanços corporativos fortes impulsionando o sentimento, enquanto o Banco Central Europeu (BCE) manteve, conforme o esperado, sua política monetária inalterada.

    O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,67%, a 1.693 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,68%, a 440 pontos, estendendo os ganhos para um segundo dia consecutivo, depois que temores de uma nova onda de casos de Covid-19 levaram os mercados europeus a registrar na terça-feira seu pior dia de 2021.

    A gigante Nestlé saltou quase 3%, após reportar o maior crescimento trimestral de vendas em dez anos, enquanto o grupo de software SAP e o grupo de destilados francês Pernod Ricard também ficaram entre os ativos que subiram após a divulgação de seus resultados trimestrais.

    As bolsas asiáticas fecharam em alta, após um dia de recuperação em Nova York e apesar da preocupação causada pelo contágio da Covid-19 em partes do mundo.

    Em Tóquio, o Nikkei saltou 2,38%, a 29.188,17 pontos. O índice, que havia acumulado fortes perdas nos dois pregões anteriores em meio a preocupações com um novo surto de coronavírus no Japão, foi impulsionado hoje por ações dos setores químico e farmacêutico.

    Em outras partes da Ásia, o Hang Seng avançou 0,47% em Hong Kong, a 28.755,34 pontos, e o sul-coreano Kospi subiu 0,18% em Seul, a 3.177,52 pontos.

    Na China continental, os mercados ficaram mistos: o Xangai Composto recuou 0,23%, a 3.465,11 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto teve alta de 0,48%, a 2.288,18 pontos. Em Taiwan, o Taiex registrou perda de 0,61%, a 17.096,97 pontos.

    Ontem, as bolsas de Nova York se valorizaram de forma generalizada, à medida que investidores voltaram a mirar em sinais de retomada econômica dos EUA.

    A Covid-19, no entanto, permanece no radar. A Índia é o principal foco de preocupação na Ásia, com mais de 314 mil novos casos da doença nas últimas 24 horas, um recorde global. O Brasil, que vem liderando nos números diários de óbitos, também gera apreensão.

    Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul hoje, com alta de 0,83% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.055,40 pontos.

    *Com informações de Estadão Conteúdo e Reuters

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