Pix tem 1.570 transações com valor médio de R$ 90 nas primeiras horas, diz BC
Novo sistema de pagamentos começou a funcionar nesta terça-feira (3) em fase de teste, com horário e número de clientes reduzidos
Nas primeiras oito horas de funcionamento no Brasil, ainda em fase de testes e com um número limitado de clientes habilitados, o Pix, novo sistema de pagamentos habilitado pelo Banco Central (BC), registrou um total de 1.570 transações de pagamentos e transferências.
O valor médio de cada transação foi de R$ 90, e o valor total movimentado nessas horas chegou aos R$ 141 mil. A maior transação foi de R$ 35 mil. As informações foram dadas pelo Banco Central com um balanço do primeiro dia de funcionamento do Pix, nesta terça-feira (3), e dizem respeito às movimentações feitas entre às 9h, horário em que a plataforma passou a funcionar, até as 17h.
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O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos que serve de alternativa aos outros já existentes, como boletos, cartões, DOCs e TEDs. Os valores transferidos são creditados na conta do beneficiário em poucos segundos e o serviço é gratuito para pessoas físicas e microempresários individuais (MEI).
O Pix entrou em funcionamento nesta terça-feira em caráter de teste, com horário e número de clientes reduzidos. O período de teste vai de 3 a 15 de novembro, com ampliação gradativa no número de usuários habilitados para o uso.
Nessa fase, o sistema funcionará apenas das 9h às 22h – à exceção das quintas e sexta-feiras, em que será ininterrupto das 9h de quinta até as 22h da sexta. O número de clientes habilitados a usar a ferramenta, nestes primeiros dias, é limitado em até 5% da base de clientes de cada instituição financeira habilitada.
Após a fase de testes, a partir de 16 de novembro, o Pix funcionará 24 horas por dia, todos os dias, e todas as pessoas e empresas que já tiverem cadastrado sua chave Pix em uma das mais de 700 instituições financeiras aprovadas para operar pelo sistema poderão começar a usá-lo.
A escolha de quais clientes poderiam usar o serviço nesse período de teste coube aos bancos e às instituições financeiras. Aqueles que foram selecionados, dentre todos que já cadastraram uma chave, são notificados e habilitados por elas.
Qualquer pessoa, entretanto, já pode receber um pagamento ou transferência feita por Pix. Não é necessário se cadastrar no sistema para receber transações emitidas por ele.
Pequenas falhas e período de adaptação
“Tivemos algumas instabilidades e questões de conectividade, principalmente nos primeiros momentos do dia, mas destaco que tudo que aconteceu hoje está rigorosamente dentro do que tínhamos desenhado em termos de processos e cenários”, disse o chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Carlos Eduardo Brandt.
“A quantidade limitada de clientes é justamente para que todos possam terminar o acionamento dos sistemas com a maior tranquilidade possível, impactando um número limitado de pessoas”, acrescentou.
O chefe do Departamento de Competição do BC, Ângelo Duarte, também destacou a importância de o Pix começar de maneira gradual, para que os usuários, os bancos e o próprio Banco Central possam se adaptar a seu funcionamento e corrigir as eventuais falhas.
“Esse período de agora é de operação restrita; de segurança e de parcimônia”, disse Duarte. “Não temos interesse de que a possibilidade de fazer o pagamento vá para um grande número de usuários sob a pena de a utilização poder não ter os parâmetros adequados de conveniência e segurança”.
De acordo com os executivos do BC, o Pix chegou a um total de 60,4 milhões de chaves cadastradas, vinculadas a 25 milhões de pessoas e empresas – cada pessoa pode cadastrar mais de uma chave, em instituições diferentes. Todas elas estarão habilitadas para começar a usar as funções do Pix em sua integralidade a partir de 16 de novembro.
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