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    Não é possível pagar milhões de pessoas sem fila, diz presidente da Caixa

    "Não vou prometer o que é impossível. O que faremos é mitigar, reduzir as filas", afirmou Pedro Guimarães sobre as aglomerações em agências do banco

    Anna Russi , Da CNN, em Brasília

    O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, afirmou, nesta sexta-feira (1º) que não é possível que o banco faço o pagamento do benefício do auxílio emergencial para 50 milhões de pessoas sem que haja filas nas agências. “Não há a possibilidade de se pagar 50 milhões de pessoas em 3 semanas e não existir filas”, disse. A declaração foi dada em coletiva de imprensa para anunciar medidas a serem adotadas pela CEF com o objetivo de reduzir a aglomeração de pessoas nas agências Caixa nos últimos dias. “Não vou prometer o que é impossível. O que faremos é mitigar, reduzir as filas”, completou. 

    Segundo Guimarães, a maior parte das pessoas que comparecem presencialmente às agências estão atrás de informações e não do saque em espécie do benefício. “Ainda temos uma demanda enorme por informações: a maioria das pessoas que vai às agências não vai atrás de dinheiro”, observou. 

    Como uma das medidas anunciadas, está a abertura de 900 agências neste sábado (2). O horário de funcionamento será das 8h às 14h. Os atendimentos servirão tanto para tirar dúvidas como para o pagamento em espécie do auxílio para nascidos de janeiro a outubro. 

    Outra ação é a separação dos grupos de beneficiários em dias diferentes. “Não vamos misturar pessoas do recebimento do bolsa família com aqueles que tem contas digitais. Até essa semana tínhamos filas normais, mas essa semana, exatamente na qual tivemos pessoas dos dois grupos, foi quando piorou muito o volume de pessoas presencialmente”, explicou Guimarães. 

    Segunda parcela 

    O pagamento das segundas e terceiras parcelas do benefício seguem sem datas definidas. O presidente do banco destacou que o cronograma deve ser desenhado por ele e pelo ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, neste fim de semana e apresentado para o presidente Bolsonaro na próxima segunda-feira (4). “Só divulgaremos após o presidente concordar com o cronograma. Mas vamos anunciar na semana que vem, com certeza”, comentou. 

    Na avaliação dele, o pagamento das próximas parcelar serão realizados de forma mais organizados, uma vez que a base de dados já está formada e as pessoas já terão aprendido melhor como mexer no aplicativo. “Sempre tivemos filas quando pagamos o Bolsa família. Não é uma coisa anormal. O que está acontecendo é que estamos no momento de coronavírus e claramente tem que ser algo com maior cuidado. No segundo pagamento vai ser muito mais simples porque já temos uma base de dados. Todas as pessoas que já receberam vão receber de novo e já sabemos quem é de cada grupo”, reforçou. 

    Balanço 

    De acordo com a CEF, um montante de R$ 35,5 bilhões do auxílio emergencial para informais já foi repassado para 50 milhões de brasileiros, nos primeiros 20 dia de funcionamento do programa. “Esses são os já aprovados e serão muitos mais. Estamos realizando o maior pagamento do Brasil, potencialmente do mundo”, afirmou Guimarães. 

    Segundo ele, 26 milhões das pessoas que se cadastraram foram consideradas inelegíveis, por não atenderem aos requisitos da lei, e não receberão o benefício. Há ainda um segundo grupo, de 12 milhões de pessoas, as quais os pedidos foram inconclusivos. Esses brasileiros poderão fazer o recadastramento no sistema. Guimarães destacou também que os brasileiros que fizerem o cadastro após a data de pagamento da primeira ou segunda parcela vão receber o valor retroativo.

    Por auxílio emergencial, agência da Caixa em São Paulo tem fila e aglomeração
    Por auxílio emergencial, agência da Caixa em São Paulo tem fila e aglomeração
    Foto: CNN (29.abr.2020)

     

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