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    Viajar em pé, no beliche e até no porão: 5 projetos estranhos para os aviões

    Vinícius Casagrande, colaboração para o CNN Brasil Business

    As companhias aéreas estão sempre em busca de inovação para diminuir seus custos operacionais e aumentar a rentabilidade em um setor bastante competitivo. Quando se trata dos assentos dos passageiros, as empresas têm variados projetos, que vão desde viajar praticamente em pé até em camas-beliches.

    A maioria dos projetos é desenvolvida por empresas especializadas em criar soluções para a cabine de passageiros dos aviões. Muitos desses projetos provavelmente nunca sairão do papel da forma como foram pensados, mas podem servir de base para soluções que realmente sejam viáveis.

    A busca das empresas é encontrar soluções que ajudem a diminuir custos e aumentar a rentabilidade, o que pode ser conseguido, por exemplo, com a redução de peso dos assentos ou mesmo a possibilidade de aumentar a capacidade de passageiros. Mas há também soluções que permitem melhorar o conforto, seja com novas tecnologias ou mesmo mais espaço.

    Veja abaixo cinco projetos inusitados para os assentos dos aviões.

    Viagem em pé

    Nos últimos anos, já surgiram diversas ideias para fazer os passageiros viajarem em pé (ou quase) nos aviões. Uma das propostas mais recentes veio da empresa italiana Aviointerior. A proposta é ter assentos mais finos e estreitos, com um suporte preso ao teto. Ao se acomodarem em seus lugares, os passageiros ficariam praticamente em pé.

    assento em pé
    Foto: Divulgação

    Segundo a empresa, o modelo reduz em 13 centímetros o espaço para as pernas entre as poltronas. Com isso, é possível aumentar a capacidade do avião em cerca de 20%. Em um Boeing 737 ou um Airbus A320, modelos mais populares do mercado, seriam quase 40 lugares a mais por voo.

    Propostas semelhantes a essa, no entanto, dificilmente serão viabilizadas. O problema é que esbarram na questão da segurança. As autoridades aeronáuticas exigem padrões rígidos para evacuação do avião em casos de emergência, o que não seria possível com essa configuração.

    Fim da briga pelo apoio de braço

    Uma das propostas mais viáveis é uma poltrona que promete acabar com as disputas entre passageiros pelo apoio de braço. O projeto da empresa norte-americana Molon Labe Seating é dar mais espaço aos passageiros que voam no meio ao deixar a poltrona maior, mais baixa e recuada.

    O assento ficaria 7,6 centímetros mais largo, mas a principal vantagem está justamente no design do braço da poltrona. O apoio ficaria em duas alturas diferentes, lembrando uma escadinha. O passageiro do meio poderia apoiar o braço na parte de trás, que é mais baixa. Quem está sentado nos assentos da janela e do corredor poderia ficar com a parte da frente do encosto.

    Molon Labe Seating
    Foto: Divulgação

    Molon Labe Seating

    Foto: Divulgação

    Beliche na classe econômica

    A Delft University of Technology, da Holanda, apresentou um projeto para criar áreas com beliches na classe econômica. A proposta chegou a ser indicada ao prêmio da Crystal Cabin Award, que reconhece os melhores projetos para cabines de passageiros nos aviões.

    Durante a decolagem e o pouso, os passageiros ficariam acomodados em bancos. Durante o voo, os assentos seriam transformados em beliches de três andares. O acesso às camas mais altas seria feito por uma escada lateral. No interior da cápsula, haveria monitores de entretenimento, tomadas para carregamento de aparelhos eletrônicos, uma mesinha e um encosto inflável.

    Delft camas
    Foto: Divulgação
    Delft cama
    Foto: Divulgação

    Barreira contra o coronavírus

    Com a pandemia do novo coronavírus, rapidamente surgiram diversos projetos para melhorar a segurança sanitária a bordo dos aviões. A maioria deles preveem a instalação de barreiras físicas entre os passageiros.

    O projeto mais simples seria simplesmente a instalação de placas de acrílico entre as poltronas. No mais inusitado, além da barreira física, o assento do meio ficaria na posição invertida, de costas para a parte da frente do avião.

    Avio Janus
    Foto: Divulgação

    “Cada passageiro tem seu próprio espaço isolado dos outros, mesmo de pessoas que andam pelo corredor. Cada lugar é cercado nos três lados por um escudo alto que impede a propagação da respiração para os ocupantes dos assentos adjacentes”, afirmou a Avio, responsável pelo projeto.

    Nova classe no porão

    Os projetos inusitados vão além da cabine de passageiros e pretendem criar até mesmo uma nova classe onde hoje fica o porão do avião. No lugar do transporte de bagagem, o espaço teria camas, beliches, espaços de trabalho, salas de reunião e até brinquedoteca para as crianças.

    Chamado de Lower Deck Modules, o projeto foi pensado pela Airbus em parceria com a empresa Zodiac. O novo conceito seria utilizado em voos de longa distância e inicialmente foi planejado para instalação no Airbus A330.

    Lower Deck Modules, da Airbus
    Lower Deck Modules, da Airbus
    Foto: Divulgação

    No mercado, há outros projetos semelhantes. A companhia aérea australiana Qantas planeja lançar voos ultralongos e, para melhorar o conforto dos passageiros, planeja criar áreas de caminhada e exercícios físicos no porão dos aviões.

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