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    Procura por fast food cai e venda de frutas e hortaliças cresce 30%

    Mudança de comportamento dos brasileiros após coronavírus pode ser sentida também na alimentação 

    Basília Rodriguesda CNN

    Mais frutas, menos hambúrguer. A dieta do brasileiro mudou após a disseminação do coronavírus. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) identificou um aumento de 20% a 30% na demanda por frutas e hortaliças nos supermercados nos primeiros dias de intensificação da pandemia.

    “A comercialização no varejo representa em torno de 53% das movimentações desses produtos. Por outro lado, a procura em redes de fast food, bares e restaurante caiu drasticamente”, afirma um boletim do grupo de análise montado pela CNA. A mudança tem, entre as justificativas, a ordem de fechamento de estabelecimentos comerciais, principalmente, em grandes cidades.

    O boletim faz considerações sobre as transações comerciais do Brasil com diferentes mercados. Por exemplo, o escritório da CNA em Xangai, na China, não identificou interrupção de importações de bens agropecuários devido à pandemia da Covid-19. Mas o cancelamento de rotas marítimas já resulta em atrasos no transporte internacional.

    As vendas de alimentos online também cresceram 3% no mesmo período. O comércio de grãos, óleos e alimentos registrou aumento de 9,7% entre os meses de janeiro e fevereiro de 2020. O boletim afirma que “a corrida dos consumidores aos supermercados é a provável causa do aumento das vendas de itens básicos para a dieta chinesa”.

    Quanto ao mercado americano e da União Europeia, o setor de agronegócio afirma que ainda não se percebeu nenhum impacto no comércio. No mercado de boi, alerta para o aumento de preços ao consumidor. “Os três maiores frigoríficos anunciaram férias coletivas em alguma das suas unidades, fator que deverá pressionar a cotação na semana que vem, data que as plantas efetivamente irão interromper suas atividades”.

    Ao contrário dos frigoríficos, as plantas de aves não registraram interrupção na atividade. Os pedidos das redes de atacado e varejo aumentaram. Na parte da exportação, a falta de contêineres tem dificultado as vendas de proteínas animais. Já a comercialização de camarão, por exemplo, teve aumento de 20% nas vendas no varejo. 

    Flores

    Para não dizer que não falei de flores, elas já estão sofrendo com queda no desempenho do setor. Principalmente aquelas vendidas em supermercados, porque a demanda caiu pela metade. No caso das flores de corte, a redução já supera 70% “devido à proibição massiva de grandes eventos, redução da circulação e mesmo pela alteração momentânea do padrão de consumo das famílias, que passam a priorizar bens básicos em momentos de crise”, afirma o boletim.

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