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    Por desestatização, União vende imóveis via blockchain com descontos de até 66%

    É a primeira vez que a tecnologia é usada na venda de ativos federais

    Blockchain: conhecida do mercado financeiro, <span style="color: rgba(0, 0, 0, 0.85); font-size: 16px;"><span style="color: rgba(0, 0, 0, 0.85); font-size: 16px;">tecnologia é</span></span><span style="color: rgba(0, 0, 0, 0.85); font-size: 16px;"> utilizada para emissão das criptomoedas, como o bitcoin</span>
    Blockchain: conhecida do mercado financeiro, tecnologia é utilizada para emissão das criptomoedas, como o bitcoin tecnologia é

    Anna Gabriela Costa, colaboração para o CNN Brasil Business

    Visando acelerar o processo de desestatização, a União irá utilizar pela primeira vez a tecnologia blockchain para venda dos seus imóveis. O processo é feito por meio da Empresa Gestora de Ativos do Governo (EMGEA), que realiza a gestão de bens e direitos federais e das demais entidades integrantes da Administração Pública Federal. 

    A tecnologia blockchain permite que todas as propostas comerciais recebidas sejam 100% criptografadas e imunes a interferências humanas, um fator considerado de risco em modelos de venda em licitações. Parte dos imóveis que serão disponibilizados para venda são aqueles que precisam passar pelo método de disputa, e que, no modelo a ser lançado pela EMGEA, será denominado como concorrência pública. 

    A nova forma de pagamento provém de uma parceria com a startup Resale, outlet de imóveis que desenvolve soluções para gestão e venda de ativos que retornam ao mercado provenientes das instituições financeiras. 

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    A iniciativa faz parte de uma série de medidas estratégicas que a empresa vem adotando para a venda dos seus ativos imobiliários. Em outubro, a EMGEA lançou o seu próprio portal de imóveis em parceria com a startup, para levar essas ofertas diretamente para o cliente final. Agora, lança essa nova modalidade de venda, conforme explica o presidente da empresa, Fábio Rito Barbosa.

    Segundo ele, o objetivo é que a base de imóveis seja vendida com mais agilidade, gerando maior eficiência operacional, ao reduzir custos com as despesas de manutenção desses ativos:“O principal benefício mútuo é que esses ativos estagnados, como casas, apartamentos e salas comerciais saiam das mãos da União e cheguem aos brasileiros com valores muito mais acessíveis”, explica Rito.

    “Até pouco tempo atrás nós esperávamos os interessados nos procurar. Agora, mudamos completamente nosso posicionamento, buscando tornar esses ativos mais fáceis de comprar em uma vitrine online 24 horas por dia, 7 dias por semana”, afirma o diretor executivo da EMGEA, Alexandre Mota.  

    A empresa traz como exemplos alguns imóveis, como um apartamento em Juiz de Fora (MG) avaliado em R$ 120 mil, vendido por R$ 53.903, (55% de desconto). Ou então, um apartamento na Praia de Itaparica em Vila Velha (ES), avaliado em R$ 181.400, vendido por R$ 94.328 (48% de desconto). Os descontos chegam até a 66%. 

    Como comprar 

    Interessados em comprar um imóvel que esteja em concorrência pública poderão acessar o site da EMGEA e realizar uma proposta online. A partir desse momento, o sistema cria dois “envelopes”: um chamado de comercial, que contém as informações de valores e condições de pagamento, e outro de documental que, como o nome já diz, contém os documentos obrigatórios para habilitação na compra. 

    O valor proposto (envelope comercial) é 100% criptografado, inviolável e identificado por meio de um token cujos dados somente serão liberados após o término da concorrência, quando então é conhecido o ranking de participantes.

    A primeira concorrência da EMGEA contará com 50 imóveis que estarão disponíveis para receberem propostas até o dia 13 de janeiro, às 15h. Para participar basta acessar o portal e filtrar os imóveis pelo tipo de venda “concorrência pública”.

    Tecnologia Blockchain 

    Este método de pagamento já é conhecido do mercado, especialmente no setor financeiro, por ser a utilizada para a emissão das criptomoedas, como o bitcoin. No setor público algumas iniciativas já vêm sendo testadas em licitações para compra de produtos, mas é a primeira vez que é aplicada na venda de imóveis públicos. 

    “Estamos aplicando tecnologia para melhorar o processo de venda de bens públicos. Tecnologia de ponta não pode ser ‘modinha’, tem que ser aplicada para gerar benefícios reais para quem a utiliza”, afirma o sócio e diretor de tecnologia da Resale, Paulo Nascimento. 

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