Vale diz que vai analisar determinação de indenização por mortes em Brumadinho
A 5ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que a empresa pague R$ 1 milhão para cada trabalhador que morreu no rompimento da barragem em MG
A Vale disse que vai analisar a decisão da 5ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que determinou que a mineradora pague uma indenização de R$ 1 milhão para cada trabalhador que morreu no rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, em Minas Gerais. Ao todo, o desastre deixou 270 pessoas mortas.
A ação foi movida pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Extração de Ferro e Metais Básicos de Brumadinho e Região e beneficia 131 pessoas que trabalhavam diretamente para a Vale e que eram ligadas ao sindicato. Cabe recurso à decisão.
Em nota à CNN, a Vale disse que até o momento já foram pagos mais de R$ 2 bilhões entre indenizações cíveis e trabalhistas.
No comunicado, a empresa disse ser “sensível à situação dos atingidos pelo rompimento da barragem B1 e, por esse motivo, vem realizando acordos com os familiares dos trabalhadores desde 2019, a fim de garantir uma reparação rápida e integral”.
A mineradora diz ainda que as “indenizações trabalhistas têm como base o acordo assinado entre a empresa e o Ministério Público do Trabalho, com a participação dos sindicatos, que determina que pais, cônjuges ou companheiros(as), filhos e irmãos de trabalhadores falecidos recebem, individualmente, indenização por dano moral”.
A companhia afirma, ainda, qe faz o pagamento de um seguro adicional por acidente de trabalho aos pais, cônjuges ou companheiros(as) e filhos, individualmente, e o pagamento de dano material ao núcleo de dependentes. Também é pago o benefício de auxílio creche no valor de R$ 920 mensais para filhos de trabalhadores falecidos com até 3 anos de idade, e auxílio educação no valor de R$ 998 mensais para filhos entre 3 e 25 anos de idade.
Por fim, a empresa destaca que é concedido plano de saúde vitalício aos cônjuges ou companheiros(as) e aos filhos até 25 anos. Desde de 2019, já foram firmados acordos com mais de 1,6 mil familiares de vítimas.