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    Bolsa fecha em alta de mais de 6% acompanhando recuperação no exterior

    Praças acionárias de outros países tiveram valorização depois que o aumento dos casos de coronavírus desacelerou na Europa e nos EUA

    A bolsa brasileira fechou em forte nesta segunda-feira (6), apoiada na alta de outras praças acionárias. Em todo o mundo, o mercado reagiu positivamente a notícias de desaceleração no número de vítimas fatais por coronavírus na Europa e nos Estados Unidos.

    O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão em valorização de 6,52%, a 74.072 pontos.

    Mais cedo, o índice chegou a subir mais de 8%, mas a alta perdeu força na medida em que cresceram os rumores de que o presidente Jair Bolsonaro pode demitir o minitro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Bolsonaro convocou no início do dia reunião com os comandantes de todas as pastas do governo para o fim desta tarde.

    Na visão da equipe da Elite Investimentos, o Ibovespa acompanhou a tendência positiva no exterior. Ainda assim, agentes financeiros não descartam mais volatilidade à frente, uma vez que ainda são incertas a intensidade e a duração do choque das medidas para evitar a disseminação do coronavírus sobre a atividade econômica global.

    Além do bom humor das bolsas internacionais, para o analista Rafael Ribeiro, da corretora Clear, também ajudou a bolsa a fechar no azul a regulamentação da Linha Temporária Especial de Liquidez (LTEL), publicada pelo Banco Central. A linha visa garantir liquidez ao sistema financeiro para atender ao aumento da demanda por crédito gerada pela crise da COVID-19.

    “O dia só não foi melhor em vista dos rumores de que (o presidente) Jair Bolsonaro iria demitir o ministro Henrique Mandetta ainda hoje”, disse. 

    Nesta segunda, o Bank of América atualizou suas previsões para o mercado acionário na América Latina e baixou a estimativa para o Ibovespa no final do ano a 76 mil pontos, de 87 mil anteriormente.

    Lá fora

    No cenário externo, a semana começou com algum alívio diante da desaceleração no número de mortes e de casos relacionados ao coronavírus na Europa. A curva de óbitos recuou em vários países europeus e a taxa de novos infectados também diminuiu na Itália, o país mais afetado no continente. 

    Por lá, o índice alemão Dax, subiu 5,77%. Já o londrino FTSE 100 avançou 3,08%.

    Nos Estados Unidos (EUA), o S&P 500 subiu 7,03% e 7,35% depois de o presidente Donald Trump dizer que a crise da saúde do coronavírus está se “nivelando” em algumas das áreas mais atingidas do país.

    Nova York, epicentro da doença no país, informou pela primeira vez em uma semana que as mortes por vírus no Estado caíram em relação ao dia anterior.

    Na Ásia, o mercado acionário japonês também avançou, com o índice referencial Nikkei ganhando 4,2%. Já na China, as bolsas ficaram fechadas devido a um feriado público.

    Apesar do bom humor nos mercados, a previsão de uma profunda recessão global ainda preocupa os investidores, o que faz com que os ganhos das bolsas internacionais nesta segunda recuperem apenas uma pequena parte do que foi perdido ao longo do último mês.

    Destaques do pregão

    Bradesco PN e Itaú PN avançaram 9,47% e 7,36%, respectivamente, tendo de pano de fundo novas medidas envolvendo o setor bancário, além de melhora na recomendação pelo Goldman Sachs. BBAnco do Brasil ON valorizou-se 9,25% e Santander unit subiu 10,81%.

    BTG Pactual unit fechou em alta de 9,72% e liderava as altas no setor de bancos do Ibovespa, após anunicar novo programa de recompra de papéis.

    Petrobras PN e ON subiram 2,8% e 5,42%, respectivamente, apesar da queda dos preços no petróleo no exterior.

    Vale ON valorizou-se 6,49%, em linha com o desempenho positivo de papéis do setor de mineração e siderurgia na Europa. Gerdau PN fechou em alta de 3,97% mesmo após aunciar na sexta-feira cortes de produção em operações nas Américas, que incluem desligamento de alto-forno na usina de Ouro Branco (MG).

    Localiza ON disparou 20,12%, também mostrando recuperação, depois que fechou em baixa de quase 11% no pregão anterior, conforme o papel vem sendo pressionado pelas perspectivas de menor fluxo de receitas diante de medidas de restrição de circulação no país.

    BRF ON avançou 15,86%. A empresa comunicou nesta segunda-feira que a fábrica da companhia de Dourados (MS) está novamente autorizada a exportar ao mercado chinês, segundo publicação oficial da Administração Geral da Aduana da China (GACC). A fábrica (SIF 18) tem capacidade de abate de 130 mil aves/dia, aproximadamente.

    Gol PN terminou com elevação de 7,18%. A companhia aérea divulgou queda na taxa de ocupação total de seus voos para 71,6% em março, de 79,3% um ano antes, em meio ao recuo de 29,7% na demanda e declínio de 22,2% na oferta, segundo dados prévios de tráfego. No setor, Azul PN mostrou acréscimo de 10,64%.

    *Com Reuters

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