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    Justiça dá 72 horas para Bolsonaro e Petrobras explicarem troca na petrolífera

    Na ação, dois advogados pedem que a Justiça dê uma liminar para barrar a troca na direção da Petrobras

    Nayara Figueiredo, da Reuters

    O presidente Jair Bolsonaro e a Petrobras têm 72 horas para explicar os motivos que levaram à troca do comando da estatal de Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Luna e Silva, decidiu nesta segunda-feira a Justiça Federal de Minas Gerais ao analisar uma ação popular.

    Na ação, dois advogados pedem que a Justiça dê uma liminar para barrar a troca na direção da Petrobras. O juiz federal André Prado de Vasconcelos decidiu que, antes de julgar o pedido, quer ouvir as partes envolvidas.

    Jair Bolsonaro
    Jair Bolsonaro
    Foto: 27/02/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino

     

    “Por oportuno, destaco que, conforme amplamente divulgado pelos veículos de comunicação, a aprovação do indicado para a presidência da Petrobras depende de deliberação do respectivo Conselho de Administração, ainda não ocorrida”, disse.

    “Assim, intimem-se os réus tão-somente para manifestação, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, sobre o pedido de liminar, articulando, de forma concisa e objetiva, as razões e argumentos que entender pertinentes e relevantes à discussão da causa”, afirmou o magistrado.

    Procurada, a Advocacia-Geral da União, que representa o presidente judicialmente, disse que não comenta processos em tramitação na Justiça. A Petrobras não respondeu de imediato pedido de comentário.

    Bolsonaro anunciou a troca no comando da Petrobras na sexta-feira à noite, decisão essa que desde então tem causado forte repercussão no mercado em geral e mais especificamente nas ações da empresa.

    No pregão da bolsa em São Paulo nesta segunda, os papéis preferenciais da estatal desabaram 21,5%, enquanto as ações ordinárias despencaram 20,5%. O Ibovespa caiu 4,9%.