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    Dólar fecha estável e Ibovespa sobe com fiscal de volta ao radar

    Internamente, o mercado acompanha a situação fiscal do país e também reage ao resultado da inflação medida pelo IPCA no mês de novembro, que avançou 0,89%

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães, , do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Prédio do Congresso Nacional, em Brasília
    Prédio do Congresso Nacional
    Foto: Ricardo Moraes/ Reuters

    Com investidores de olho nas movimentações no Congresso brasileiro, as negociações da terça-feira (8) não trouxeram grandes novidades ao mercado financeiro. 

    Lá, alguns parlamentares pressionam para a votação da reforma tributária antes do recesso e o mercado também fica de olho na PEC (Proposta de Emenda Constitucional) Emergencial, que não deve prever a criação de um novo programa de renda mínima à população mais vulnerável. 

    Com isso, a Bolsa teve leve alta de 0,18%, para 113.793,06 pontos. 

    O dólar zerou a queda de mais cedo e fechou perto da estabilidade nesta terça-feira, enquanto a moeda norte-americana tomou algum fôlego no exterior e no plano doméstico incertezas fiscais serviram de argumento para nova pausa na recente baixa da cotação. 

    O dólar à vista teve variação positiva de 0,08%, a R$ 5,129 reais na venda. Na mínima da sessão, tocada por volta de 13h, a divisa caiu 1,20%.

    Ontem, uma notícia também relacionada ao cenário fiscal brasileiro gerou um susto no mercado. O Estadão publicou uma matéria que dizia que o Congresso quer abrir caminho para despesas fora do Teto de Gastos. As despesas não seriam limitadas pelo dispositivo se bancadas com receitas vindas da desvinculação de fundos públicos. 

    Isso foi negado pelo Ministério da Economia e pelo relator da PEC Emergencial, o senador Marcio Bittar (MDB).

    Na prateleira de cima da bolsa, as ações da BRF (BRFS3) dispararam 8,69% com anúncio de receita líquida de R$ 65 bilhões para período de 2021 a 2023.

    Os papéis da Eletrobras (ELET3 e ELET6) subiram pelo menos 4,9% com nova promessa de privatização por parte do governo. 

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    Na outra ponta, estavam os papéis da Gerdau (GOAU4) e Usiminas (USIM5) que caíram 1,68% e 4,29% respectivamente.

    Ações do setor aéreo e turismo, nomeadamente Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4), avançavam no início do pregão, mas perderam força e fecharam o pregão em queda.

    No cenário internacional, o Reino Unido começou sua vacinação contra a Covid-19 nesta terça-feira (8), algo muito aguardado por todos. Mas nem por isso o mercado deixa de estar alerta com o avanço dos casos do novo coronavírus que aumentam mais rapidamente do que a distribuição dos imunizantes. Também na terra da rainha, investidores estão de olho no Brexit, que parece cada vez mais longe de um desfecho pacífico entre os britânicos e a União Europeia.

    Lá fora

    As ações europeias encerraram a volátil sessão desta terça-feira em alta, com investidores avaliando as últimas tratativas em torno de um acordo comercial sobre o Brexit enquanto acompanharam de perto o aumento dos casos de coronavírus na região.

    Após ter chegado a recuar até 0,6% na sessão, o índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,2%, orbitando máximas de nove meses.

    O Reino Unido informou que iria retirar do projeto de legislação doméstica cláusulas que violavam o Acordo de Retirada do Brexit, após fechar um acerto com a União Europeia (UE) sobre como administrar a fronteira entre a Irlanda e a Irlanda do Norte.

    Embora esteja desvinculado das negociações comerciais mais amplas, o acordo elimina o que era um grande ponto de discórdia entre o Reino Unido e a União Europeia.

    Em Londres, o índice Financial Times avançou 0,05%, a 6.558,82 pontos.

    Os principais índices de Wall Street fecharam em alta nesta terça-feira, enquanto investidores aguardavam progresso nas negociações em curso para um novo pacote de alívio de Covid-19 nos Estados Unidos.

    O índice Dow Jones subiu 0,35%, para 30.173 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,28%, para 3.702 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avançou 0,50%, para 12.582 pontos.

    A maioria das bolsas da Ásia encerrou o pregão desta terça-feira (8) em baixa, mirando a ampliação de restrições para conter a segunda onda de Covid-19 e o impasse do Brexit. As perdas foram atenuadas, contudo, pela aposta de investidores em mais estímulos fiscais nos Estados Unidos.

    Justamente o “sopro de otimismo” com mais apoio na maior economia do mundo permitiu ao índice de Shenzhen encerrar o dia na estabilidade, aos 13.973,89 pontos.

    Entre os demais mercados do continente, porém, as perdas foram generalizadas: no Japão, o índice Nikkei encerrou o dia em queda de 0,30%, aos 26.467,08 pontos, acompanhado pelo Kospi, de Seul, que caiu 1,62%, para 2.700,93 pontos.

    O índice Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,73%, aos 26.314,00 pontos, e, na China continental, o índice de Xangai cedeu 0,19%, para 3.410,18 pontos.

    Na Oceania, a tendência de recuperação se uniu à iminência dos estímulos fiscais em solo americano e levou o índice S&P/ASX 200, da Bolsa de Sidney, a fechar em alta de 0,19%, aos 6.687,70 pontos.

    As principais bolsas europeias também recuavam nesta terça-feira (8). O índice pan-europeu Stoxx-600 recuava 0,37%, mesmo valor do britânico FTSE 100. O francês CAC 40 caía 0,59%, enquanto o alemão DAX tinha queda de 0,33%.

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