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    Ibovespa fecha em alta com bom humor externo e Orçamento; Dólar sobe

    Governo federal disse que alterações no texto do Orçamento de 2021 aprovado pelo Congresso vão garantir cumprimento do teto de gastos

    Leonardo Guimarães e Matheus Prado, , do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar abriu o pregão desta sexta-feira (23) em queda, mas, logo em seguida, virou para alta. Ao final do pregão, a divisa tinha alta de 0,75% ante o real, a R$ 5,4967 na venda.

    Mesmo assim, a moeda norte-americana foi negociada longe do patamar de R$ 5,58 em que estava no início da semana. A alta de hoje ocorreu após sete pregões consecutivos de queda, a série mais longa de perdas desde dezembro de 2016.

    De forma geral, analistas veem os sinais mais recentes do lado político-fiscal-sanitário como fatores de estabilização da taxa de câmbio, após a moeda brasileira chegar a amargar por várias vezes neste ano o título de pior desempenho global.

    “A volatilidade do real segue elevada e descolada de seus pares. Esperamos que até o final do pagamento do auxílio emergencial, no mês de julho, o cenário se torne mais estável, suavizando a trajetória futura da cotação do real frente ao dólar”, disseram em relatório Álvaro Frasson, Leonardo Paiva e Luiza Paparounis, do BTG Pactual.

    Na B3, o Ibovespa se recuperava da queda do último pregão e operava em alta de 0,97%, para 120.530 pontos. O índice foi endossado por Wall Street, em sessão de recuperação após três pregões de queda, mas sem conseguir recuperar os 121 mil pontos e acusando o primeiro desempenho semanal negativo desde o final de março.

    A Usiminas (USIM5) recuou 0,25% depois que reportou, nesta sexta-feira, lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre, contra prejuízo de R$ 424 milhões no mesmo período do ano passado. O resultado foi obtido com uma disparada de 325% na geração de caixa operacional, medida pelo Ebitda ajustado, para R$ 2,4 bilhões.

    A semana também marcou o fim da novela envolvendo o Orçamento de 2021, com o presidente Jair Bolsonaro sancionando o texto na véspera com corte de R$ 19,8 bilhões em dotações orçamentárias e veto à autorização para a criação de cargos na Política Militar e no Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

    Ao mesmo tempo, a Presidência anunciou um decreto para promover um bloqueio adicional de mais R$ 9 bilhões nos recursos do Orçamento, medida necessária, segundo o governo, para garantir o cumprimento do teto de gastos.

    “A nosso ver, a decisão reduz o risco de execução para o restante do ano”, avaliou a estrategista-chefe da Rico Investimentos Betina Roxo, da Rico Investimentos.

    Lá fora

    Os mercados acionários dos Estados Unidos subiram, levando o S&P 500 para perto de uma máxima recorde de fechamento, depois que dados fabris e de vendas de novas moradias reforçaram leitura de uma economia em expansão, enquanto as ações de grandes empresas de tecnologia avançaram, com o mercado à espera de fortes balanços trimestrais a serem divulgados na próxima semana.

    A recuperação dos índices ocorreu após uma liquidação na quinta-feira, quando relatos de que o presidente dos EUA, Joe Biden, planeja quase duplicar o imposto sobre ganhos de capital assustaram investidores. De forma geral, analistas minimizaram os declínios da sessão anterior e os classificaram como uma reação automática, preferindo se concentrar em fortes perspectivas.

    Com a alta dos três principais índices de Wall Street, o índice de volatilidade da CBOE –conhecido como índice “do medo”– despencou cerca de 10%, sinal de diminuição da ansiedade de investidores quanto aos riscos à frente.

    O Dow Jones subiu 0,66%, para 34.040,28 pontos, e o S&P 500 ganhou 1,08%, para 4.179,73 pontos. O Nasdaq teve alta de 1,43%, aos 14.016,06 pontos.

    As bolsas asiáticas também fecharam em grande maioria em alta, com investidores ignorando um possível aumento de imposto sobre ganhos de capital nos EUA que ajudou a derrubar os mercados acionários em Wall Street ontem.

    Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,26% hoje, a 3.474,17 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,45%, a 2.298,55 pontos.

    Em outras partes da Ásia, o Hang Seng teve alta de 1,12% em Hong Kong, a 29.078,75 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi se valorizou 0,27% em Seul, a 3.186,10 pontos, e o Taiex registrou ganho de 1,19% em Taiwan, a 17.300,27 pontos.

    Exceção, o Nikkei caiu 0,57% em Tóquio, a 29.020,63 pontos, apagando parte do salto de 2,38% do pregão anterior, em meio a temores de que o Japão adote medidas restritivas adicionais para conter a disseminação da Covid-19.

    *Com Reuters

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