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    Pela 1ª vez em 10 anos, contratações superam demissões na indústria em janeiro

    O resultado representa a sétima alta mensal consecutiva no emprego industrial; por outro lado, a produção industrial recuou ante dezembro do ano passado

    Foto: Reuters/Nacho Doce

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília

     

    Pela primeira vez desde 2011, as contratações no setor industrial superaram as demissões no primeiro mês do ano, com o índice de evolução do número de empregados em 51,3 pontos. O resultado representa a sétima alta mensal consecutiva no emprego industrial. 

    As informações são da Sondagem Industrial, pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta quarta-feira (24). Foram consultadas 1.804 empresas, sendo 437 grandes, 618 médias e 746 pequenas, entre 1º e 12 de fevereiro.

    Por outro lado, a produção industrial recuou ante dezembro do ano passado. O índice da produção ficou em 48,2 pontos, abaixo da linha divisória de 50 pontos. De acordo com a CNI, o movimento de desaceleração na produção é típico para o início de ano.

    Para o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, embora as contratações reflitam rápida recuperação da indústria, o resultado da produção sinaliza a continuidade do desaquecimento já observado nos últimos meses do ano passado.

    “O que percebemos é que, mesmo com a queda, a produção se mantém em nível relativamente elevado, o que explica a alta do emprego em janeiro”, comentou Azevedo.

    Já a utilização da capacidade instalada (UCI) ficou em 69%, o maior percentual para o mês desde 2014. Embora a pesquisa mostre estoques abaixo do que as empresas planejavam, a queda foi menos intensa e menos disseminada em janeiro do que nos meses anteriores, com menor distância entre o nível de estoque desejado e o estoque efetivo. 

    “Como a situação ainda não se normalizou, esse fato indica que, possivelmente, os empresários estão planejando trabalhar com nível de estoque mais baixo do que no passado. As expectativas para a economia seguem otimistas”, explica a CNI.