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    Bolsonaro diz que espera reação da economia após novas parcelas do auxílio

    Ministro Paulo Guedes confirmou a intenção de fracionar o valor e tentar fazer com que valor extra liberado cubra um mês a mais

    Guilherme Venaglia, da CNN em São Paulo

    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou nesta terça-feira (30) em Brasília o decreto que prorroga em mais duas parcelas o auxílio emergencial, benefício de R$ 600 a necessitados e trabalhadores informais. No evento, o presidente afirmou que espera que a atividade econômica esteja retomada quando terminar o prazo de validade do benefício.

    “Nós esperamos que ao final [do novo prazo, de dois meses] a economia já esteja reagindo, para que nós voltemos à normalidade o mais rapidamente possível”, disse Bolsonaro.

    Mais cedo nesta terça-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes já havia confirmado ao analista da CNN Igor Gadelha que o governo estenderia o auxílio emergencial por meio de duas parcelas de R$ 600.

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu que o Brasil volte ao “trilho” em 2021, com foco na cartilha liberal e de redução dos gastos públicos.

    “Esse ano foi um ano de despesas extraordinárias. Os mercados entendem que acontece algo extraordinário e você precisa fazer medidas extraordinárias. Nós não saímos do nosso trilho, no meio da fumaça, mas temos a bússola na mão e vamos voltar pro nosso rumo”, disse.

    Em vários momentos da cerimônia, integrantes do governo enfatizaram terem descoberto dezenas de milhões de “invisíveis”. Guedes afirmou que a situação fiscal do Brasil ficou pressionada por pagar “três vezes mais para três vezes mais pessoas” do que o planejado inicialmente.

    A proposta original do governo previa que o auxílio contemplasse algo em torno de 20 milhões de pessoas, a uma parcela de R$ 200. O Congresso aumentou para R$ 500 e Bolsonaro, ao sancionar, colocou o patamar em R$ 600. Segundo os números do governo, cerca de 65 milhões de pessoas estão habilitadas para receber o auxílio emergencial.

    Fracionamento

    Mais cedo, o governo cedeu aos líderes do Congresso Nacional, que defendiam a prorrogação no valor original, de R$ 600. O Palácio do Planalto preferia o pagamento escalonado, em três parcelas de R$ 500, R$ 400 e R$ 300, respectivamente, chegando aos mesmos R$ 1.200 no total.

    Apesar dessa queda de braço, a intenção do governo de fazer “render” a nova prorrogação vai fazer com que, na prática, valha algo parecido com o que Guedes queria desde o começo.

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    Conforme a analista da CNN Renata Agostini antecipou mais cedo nesta terça, a intenção do governo é dividir as novas parcelas em frações. O quarto pagamento de R$ 600 seria dividido em um de R$ 500 e outro de R$ 100. E o quinto pagamento viria em dois iguais, de R$ 300.

    No evento, Guedes admitiu a intenção, afirmando que a primeira de R$ 300 viria na sequência da segunda de R$ 100, e a intenção é espaçar os pagamentos em três meses. Assim, haveria um período de pagamento de R$ 500, um segundo de R$ 400 (R$ 100 remansecentes da primeira mais os R$ 300 da segunda) e o terceiro de R$ 300, como pensado inicialmente.

    “Fasear o pagamento de uma forma que você cubra três meses. Temos que estender isso ao máximo, cobrir o maior período possível”, afirmou o ministro.

    Paulo Guedes também comemorou os resultados do programa que permite a suspensão dos salários, afirmando que 10 milhões de empregos foram preservados desta forma.

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