“Responsabilidade fiscal não tem ideologia”, defende Barroso após assumir presidência do STF
Em primeira entrevista coletiva depois da posse, ministro comentou decisões recentes da economia e elogiou os avanços da reforma tributária e do arcabouço fiscal
O novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu que “responsabilidade fiscal não tem ideologia”.
A fala ocorreu nesta sexta-feira (29), na primeira entrevista coletiva do ministro após assumir a presidência da Corte.
Para ele, decisões econômicas recentes, como o avanço da reforma tributária e do arcabouço fiscal, foram importantes. Ele acrescenta que viu “diminuírem as taxas de desemprego”.
Barroso avaliou, ainda, que a “responsabilidade fiscal é muito importante e devemos persegui-la, mas não ao custo da injustiça”.
Primeira entrevista no cargo
No Salão Branco do STF, Barroso respondeu a perguntas de jornalistas por mais de uma hora e defendeu a “feminilização dos tribunais”, a revisão da política de drogas no Brasil e a inexistência de uma crise com o Legislativo, apesar dos recentes desencontros entre decisões do Congresso e do Supremo.
Ele assumiu o posto no lugar de Rosa Weber, que se aposentará no sábado (30) — por completar, na segunda (2), 75 anos idade-limite para exercer a função –, e tem ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cotados para substituí-la.
Barroso disse que a definição dos integrantes da Corte é uma prerrogativa do presidente, com participação do Senado, mas elogiou o ministro da Justiça, Flávio Dino, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, que citou como “nomes em maior evidência”: “São excelentes do ponto de vista de qualificação técnica e idoneidade”.