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    Vacina contra Covid-19 passa por 4 fases antes de chegar à população; entenda

    Segundo a Anvisa, aprvação de imunizante contra a Covid-19 deve acontecer no primeiro semestre de 2021

    Karla Chaves, da CNN

    A corrida pela vacina contra a Covid-19 tem alguns imunizantes em fase final de testes, mas a liberação até chegar à população precisa passar por uma série de etapas.

    A Antônia da Silva é enfermeira e faz parte dos milhares de voluntários que participam dos testes da vacina de Oxford no Brasil. Ela já recebeu as duas doses e agora vai passar por exames periódicos para saber se começou a desenvolver anticorpos.

    “Em toda visita, fazemos uma coleta de sangue. Eles mandam mensagem para gente, para saber se teve alguma reação. Eles fazem um controle bem rigoroso”, disse.

    No Brasil, o primeiro passo para uma empresa pedir o registro de uma vacina é fornecer todas as informações sobre as matérias-primas usadas no desenvolvimento. Também é necessario enviar para a Anvisa os resultados consolidados das três fases de testes em humanos.

    Além da pesquisa clínica, a empresa ainda precisa realizar, paralelamente, o estudo de estabilidade do medicamento para determinar o prazo de validade e as condições de armazenamento adequadas. Com tudo em mão, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária pode conceder o registro, solicitar informações complementares para análise ou, ainda, negar o pedido.

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    Esta semana, em uma entrevista à agência Reuters, Antônio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa, afirmou que o Brasil deve ter uma vacina contra a Covid-19 aprovada e pronta para uso da população já no primeiro semestre do ano que vem. Uma das que estão em estágio mais avançado é Sinovac, desenvolvida no Brasil pelo do Instituto Butantan, em São Paulo.

    O governo paulista esperava que ainda no começo de outubro a Anvisa autorizasse a compra de 6 milhões de doses e de insumos para fabricar outras 40 milhões de doses no país. O aval , no entanto, só veio apenas na última semana com uma série de condições, entre elas, descartar o material caso a vacina seja reprovada nos testes.

    Em relação à vacina de Oxford, o otimismo da diretoria da Fiocruz, que vai ser responsável pela produção no Brasil, é grande. Segundo o vice-presidente da fundação o processo de aprovação pela Anvisa deve ser mais rápido porque os pacotes de dados da vacina já começaram a ser analisados pela agência.

    (Edição: Paula Bezerra)