Restrições no RJ são ‘insuficientes’, avalia representante da Fiocruz
Comitê se reunirá na segunda-feira (22) para endurecer regras e tentar frear alta de casos na capital fluminense
As medidas restritivas de circulação para o Rio de Janeiro anunciadas nesta sexta-feira (19) pelo prefeito Eduardo Paes (DEM) foram definidas como “importantes, mas muito insuficientes” pelo representante da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no comitê científico da cidade, Rivaldo Venâncio.
Na próxima-segunda-feira (22) ele participará de uma reunião do grupo que, em conjunto com Paes, decidirá quão mais restrita será a circulação de pessoas na capital fluminense.
“Ainda preciso alinhar com a Fiocruz o que vamos defender, mas essas medidas de hoje estão muito aquém das necessidades do Rio, da gravidade da situação. Podemos ficar igual São Paulo, com gente morrendo sem conseguir leito de UTI”, afirmou Venâncio.
Paes anunciou o fechamento de praias e áreas de lazer na cidade neste final de semana.
De acordo com o representante da Fiocruz, é necessária a antecipação de todos os feriados possíveis – algo que já foi levantado por Eduardo Paes como possibilidade – e fechar tudo o que não for essencial.
“É um momento muito grave. Nenhum país no mundo conseguiu avançar na superação da crise sem restringir. Serei contundente nessa defesa durante a reunião”, prometeu Venâncio.
O secretário municipal da Saúde carioca, Daniel Soranz, afirmou à CNN que as decisões serão tomadas em conjunto, na próxima segunda-feira.
“Temos uma nova variante, que tem uma capacidade de infecção muito maior. No começo do ano, tínhamos conseguido zerar a fila por leitos. Agora, estamos em momento muito grave”, afirmou.