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    Correspondente Médico: Por que algumas pessoas rejeitam vacinas?

    O novo coronavírus já matou mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo. No Brasil, mais de 150 mil vidas foram perdidas na pandemia

    Na edição desta quarta-feira (14) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocientista Fernando Gomes explica por que algumas pessoas rejeitam tomar vacinas, quais as origens possíveis desse fenômeno e por que se trata de um receio infundado.

    Gomes aponta dois fatores: o medo de eventual efeito colateral e o que ele classifica como um receio de um domínio populacional. “O medo seria esse, mas não tem fundamento, porque as vacinas que estão disponíveis foram testadas e são seguras. Esse receio também é outro medo infundado”, assegura. 

    As vacinas, segundo o médico, são assunto de “conhecimento médico, qualidade de vida e longevidade”, que permitiram o aumento da expectativa de vida, pois a imunização reduziu o número de morte de crianças por doenças consideradas banais.

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    Arte explica a ação da vacina no organismo
    Arte explica a ação da vacina no organismo
    Foto: CNN Brasil (14.out.2020)

    “Não tem sentido. O movimento [antivacina] não tem embasamento científico e acaba sendo quase que um atentado contra a humanidade”, considera.

    Contra desinformações sobre o processo que a vacina realiza no corpo, Gomes aponta que a quantidade de vírus utilizada na composição do imunizante é irrelevante para causar risco da doença, mas suficiente para estimular que o organismo gere anticorpos. 

    “Aconteceu que, quando a pessoa entra em contato com esse vírus ou bactéria pela segunda vez, ela já tem esse anticorpo produzido, porque já foi estimulado pela vacina. O anticorpo bloqueia o trabalho do vírus ou da bactéria, dando força para que as células de defesa do corpo consigam atuar”, explica.

    Desinformação

    Fernando Gomes explica segurança de vacinas
    Fernando Gomes explica segurança de vacinas e fala sobre o papel das redes sociais na disseminação de informações corretas
    Foto: CNN Brasil (14.out.2020)

    Nessa terça-feira (13), o Facebook anunciou que vai banir qualquer propaganda que busque desencorajar a vacinação. A rede social afirma que o objetivo é ajudar que mensagens sobre segurança e eficácia de vacinas alcancem um grupo amplo de pessoas, ao mesmo tempo em que proíbe informações falsas que atrapalhem esforços de saúde pública.

    Para o médico, a decisão da rede social foi acertada. “A gente sabe que existe toda uma preocupação com a liberdade de expressão, só que existem evidências científicas que são contundentes”, afirma. “E a partir do momento em que temos o nosso planeta organizado com mais de 7 bilhões de pessoas e o conhecimento para evitar a manifestação de doenças que, inclusive, matam, não tem sentido [não tomar vacina]”, acrescenta.

    Gomes frisa que, muitas vezes, a informação tem sido passada por meio das plataformas em momentos de entretenimento. Por isso, ele classifica como “madura” a decisão de banir esse tipo de conteúdo que gera desinformação sobre a imunização contra a Covid-19.

    O novo coronavírus já matou mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo. No Brasil, mais de 150 mil vidas foram perdidas na pandemia. Os casos são mais de 5 milhões em todo o país.

    Em nota, o Facebook informou que “a pandemia de Covid-19 destacou a importância de comportamentos preventivos de saúde”. “Continuaremos apoiando os esforços de vacinação para ajudar os usuários a se manterem saudáveis e seguros”, declarou a rede social.

    Em cooperação com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com o Centro para Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, a plataforma já proíbe propagandas com notícias falsas sobre imunizações.

    O Facebook informa que as novas regras devem começar a valer nos próximos dias. Campanhas contra a ou a favor, leis ou políticas públicas relacionadas à vacinas, incluindo a de Covid-19, ainda serão permitidas.

    (*Com informações de Henrique Andrade e Anna Satie, da CNN, em São Paulo)

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