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    Anvisa deve se reunir com laboratório do DF para produzir vacina russa

    Técnicos do laboratório estão na Rússia desde a semana passada para dar andamento ao processo de transferência de tecnologia

    Gabrielle Varela e Kenzô Machida, da CNN, em Brasília

     

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve se reunir nesta quarta-feira (30) com representantes do laboratório farmacêutico União Química para tratar do acordo de produção da vacina russa contra a Covid-19. Essa é a primeira reunião da agência com o laboratório do Distrito Federal.

    O laboratório está há três meses em conversas com o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF), responsável pelo desenvolvimento do imunizante russo, para produção na capital federal.

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    Técnicos do laboratório estão na Rússia desde a semana passada para dar andamento ao processo de transferência de tecnologia com a RDIF. Enquanto isso, o diretor de negócios internacionais da farmacêutica, Rogério Rosso, cuida das tratativas burocráticas com a embaixada da Rússia no Brasil, que está à frente das negociações.

    Segundo Rosso, a União Química está pronta para produzir a vacina russa. “Nossos equipamentos de biotecnologia têm a mesma característica do Instituito Gamaleya da Rússia, ou seja, estamos prontos, do ponto de vista industrial, tecnológico e de técnicos”, afirmou o diretor. Em Brasília há duas unidades de produção: uma de saúde humana e a outra de biotecnologia.

    Apesar do acordo de confidencialidade entre as empresas sobre o estudo da vacina russa, o diretor de negócios afirma que o acordo “já está em execução” entre as partes.

    Sputinik V

    A vacina se chama Sputnik V em homenagem ao primeiro satélite do mundo, lançado pela União Soviética. Alguns especialistas ocidentais alertaram contra o seu uso até que todos os testes aprovados internacionalmente sejam publicados e as medidas regulatórias tenham sido tomadas.

    Mas em nota divulgada no início do mês, o RDIF havia dito que a vacina não apresentava efeitos colaterais sérios e tinha “alta segurança e eficácia” comprovadas.

    “Os resultados dos ensaios clínicos das fases 1 e 2 da Sputnik V não mostraram eventos adversos sérios para nenhum dos critérios, enquanto a incidência de efeitos colaterais sérios para outras vacinas candidatas varia de 1% a 25%”, disse, no documento, o RDIF.