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    Para combater COVID, governo estuda reduzir exigências para formatura de médicos

    Medida valeria também para enfermeiros, fisioterapeutas e farmacêuticos

    Renata Agostinida CNN

    Para reforçar o combate ao avanço do novo coronavírus no país, o governo avalia reduzir as exigências para a formação de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e farmacêuticos. 

    Está em elaboração uma proposta de medida provisória para abreviar o tempo de residência médica e do estágio obrigatório nesses cursos, liberando mais rapidamente os profissionais para a “linha de frente” do combate à doença, segundo relataram integrantes dos ministérios da Saúde e da Educação à CNN. 

    O texto em análise prevê que, durante o estado de calamidade pública, estudantes que já tenham cumprido 75% da carga horária do internato do curso de medicina e 75% da carga horária do estágio curricular obrigatório dos cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia já possam pegar seus diplomas.

    O Ministério da Saúde entende que será necessário reforço no número de profissionais de saúde para lidar com a epidemia do novo coronavírus, além da criação de leitos de UTI e da aquisição de respiradores e outros equipamentos para o SUS.

    O diagnóstico é que a demanda por atendimento irá aumentar nos próximos meses ao mesmo tempo em que médicos mais idosos terão de ser afastados por se enquadrarem no grupo de risco e outros acabarão adoecendo ao se expor ao vírus.

    O pedido para flexibilizar as regras foi feito há cerca de duas semanas ao Ministério da Educação, que iniciou a análise do que poderia ser feito. Uma primeira proposta de medida provisória com a autorização para a abreviação dos cursos já foi produzida pelo MEC.

    O objetivo do governo é liberar os jovens para o trabalho, aumentando o número de profissionais em atendimento em unidades básicas de saúde e nos programas de atenção primária e de saúde da família.

    O Ministério da Saúde já vem tomando medidas para atrair mais jovens para as ações de enfrentamento à doença. Nesta segunda, uma portaria foi publicada estabelecendo um bônus mensal de R$ 667 aos residentes de cursos da área da saúde que atuem no combate ao novo coronavírus enquanto durar o estado de calamidade. O valor será pago por seis meses, mas o governo já indicou que pode prorrogar a bonificação.

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