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    ‘Nenhum vírus se espalhou tanto’, diz professor sobre possível variante de BH

    Renan Pedra de Souza, professor da UFMG, destacou que alta circulação e rastreamento do coronavírus permite identificação de mutações em todo o mundo

    Produzido por Thiago Felix, , da CNN, em São Paulo

    A possível nova variante do coronavírus identificada em Belo Horizonte por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ainda requer mais estudos para entender suas características funcionais, entre elas, a possibilidade do agravamento da Covid-19.

    Em entrevista à CNN, o professor de Genética Humana da instituição, Renan Pedra de Souza, explicou que um conjunto de 18 mutações diferentes do vírus original da China é a principal característica identificada até agora da variante. “O que esperamos daqui em diante é caracterizar o quanto ele [vírus identificado em BH] está circulando, qual a frequência desse evento e passar para os estudos funcionais quanto à maior infectividade ou mesmo avaliar a gravidade da doença causada por essa linhagem”, detalhou.

    Segundo Souza, o monitoramento a nível mundial do coronavírus já permitiu a identificação de mais de 800 variantes e, dessas, a maioria não impacta, até o momento, em como a Covid-19 afeta o ser humano. “Não existe na história moderna de saúde nenhum vírus que se espalhou tanto e que teve um acompanhamento desse espalhamento como temos feito com o coronavírus.”

    “O que nos chama atenção no contexto da Covid-19 é o esforço científico para que a gente acompanhe essas mutações e a rastreabilidade delas pelo mundo. Conseguimos, em tempo real, contar como está acontecendo a dispersão desse vírus no planeta”, afirmou o professor.

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