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    Falta de equilíbrio na vacinação dos países pode custar R$ 49 trilhões, diz ICC

    Câmara de Comércio Internacional defende que "nacionalismo das vacinas" gerará prejuízos mundiais a longo prazo

    Produzido por Renata Souza*, da CNN em São Paulo

    A falta de uma ação global entre os países para que suas populações sejam vacinadas contra a Covid-19 de forma mais igualitária pode gerar grandes prejuízos a longo prazo. Quem explica é a diretora-executiva da Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil), Gabriella Dorlhiac, em entrevista à CNN na noite desta quarta-feira (3). 

    “Você vê uma corrida natural dos países para conseguir para seus cidadãos o maior número de vacinas possível, mas, por outro lado, há uma grande discussão sobre um impacto mais para frente muito mais negativo e pior”, analisou Dorlhiac, classificando o que se vê atualmente como “guerra das vacinas”, ou “nacionalismo das vacinas”.

    “A ICC fez um estudo que mostra que uma falta de coordenação e equilíbrio entre a vacinação de economias avançadas e emergentes pode ter um impacto a longo prazo econômico muito significativo. No pior dos cenários, isso custaria ao PIB mundial US$ 9,2 trilhões (aproximadamente R$ 49,25 trilhões), sendo que as economias avançadas teriam um custo de US$ 4,5 trilhões”, afirmou.

    Por isso, tratar a questão de forma global é necessário, de acordo com Dorlhiac. “A grande questão agora é pensar que só olhar para o próprio país vai ser ruim para todos a longo prazo. O poder de negociação dos países mais avançados é muito maior, compra maiores de lote, a proximidade com as farmacêuticas ajuda muito. É preciso que o mundo como um todo consiga sair dessa crise da pandemia. Isso é benéfico para todos”. 

    Os números do Covax – que pretende destinas apenas 1,6 milhão de doses da vacina de Oxford ao Brasil – podem mudar com o tempo, acredita a diretora.

    “Os números do Covax são iniciais, devem ser revisados para os finais daqui a algumas semanas e também leva em conta muitas variáveis que não estão claras e que serão essenciais para o equilíbrio da vacinação”.

    (*supervisionada por Layane Serrano)

    (Publicado por Daniel Fernandes)

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