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    SP terá redução de casos de Covid-19 na segunda quinzena de junho, diz Gabbardo

    Coordenador do Centro de Contingência paulista disse à CNN que projeções impedem aumentar flexibilização no estado no momento

    Produzido por Layane Serrano, da CNN, em São Paulo

    Os casos de Covid-19 em São Paulo devem aumentar em junho e começar a diminuir na segunda quinzena do mês, de acordo com a estimativa feita pelo coordenador executivo do Centro de Contingência Contra a Covid-19 do estado, João Gabbardo, em entrevista à CNN neste domingo (30). 

    “Nos primeiros 15 dias de junho teremos um aumento de casos, mas não tão intenso quanto em março, não chegaríamos naqueles patamares. A partir da segunda quinzena, haverá uma redução de novos casos porque, analisando os dados dos que foram vacinados, há redução de casos graves, diminuindo internações e ocupação de UTI”, afirmou.

    Segundo Gabbardo, é cedo para dizer se a cepa da Índia pode mudar esses índices. “Tem o risco dessa variante, não sabemos o impacto que pode ocasionar.  Se ela tiver transmissibilidade maior, as projeções serão atualizadas, tudo vai depender da evolução da pandemia. Não existe uma correlação direta entre a variante e uma terceira onda, estamos ainda em uma segunda onda em patamares bem elevados de casos e internações”.

    Por conta desses fatores, o Centro de Contingência preferiu cautela e, por isso, segundo Gabbardo, o estado segue na fase de transição. “Algumas medidas têm de ser implementadas desde agora, uma delas foi interromper novas flexibilizações no estado. Mantivemos a fase de transição, pois estamos com número elevado e com risco dessa variante ter uma transmissibilidade maior.”

    “Precisamos ainda manter os cuidados, continuar utilizando as máscaras, evitar festas, aglomerações. Quanto mais as pessoas tiverem o comportamento adequado e mais vacinação, chegaremos a uma redução e controle.”

    Leitos de UTI

    As taxas de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por pacientes com Covid-19 voltou a subir no Brasil. Levantamento feito pela CNN mostra que agora são 18 estados brasileiros e o Distrito Federal com taxas de ocupação acima de 80%, o que coloca em alerta o sistema de Saúde. 

    Segundo especialistas, o crescimento na demanda por UTIs pode ser indicativo de que o país está prestes a passar por uma terceira onda de contaminações pelo novo coronavírus. 

    À CNN, Gabbardo afirmou que o governo observa a ocupação de leitos no estado, e que pode adotar medidas caso a situação se agrave. “Com a redução de internações nas últimas seis semanas, houve um deslocamento de 3 mil leitos específicos de UTI para Covid para outras especialidades. Aumentado as internações, vamos gradativamente recuperar esses leitos, que voltarão a ser utilizados para Covid. Se estivéssemos contando com todos os leitos, seria 72% de ocupação no estado, não  82%.”

    João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência Contra a Covid-19
    João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência Contra a Covid-19 de SP (30.Mai.2021)
    Foto: Reprodução/CNN

    De acordo com Gabbardo, a expectativa é de um horizonte mais otimista a médio prazo com a vacinação. “No final de julho devemos chegar a 50% da população imunizada. Já teremos vacinado todos os idosos acima de 60, todos com comorbidades e aquelas que devem ser vacinadas pelo risco de exposição, uma série de atividades profissionais que se expõem ao risco”, disse.

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