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    Pfizer deve terceirizar produção de remédio para focar em vacina contra Covid-19

    Empresa farmacêutica começou testes em humanos nesta semana

    Cientista de laboratório americano tenta encontrar vacina para o novo coronavírus
    Cientista de laboratório americano tenta encontrar vacina para o novo coronavírus Foto: Bing Guan/ Reuters (17.mar.2020)

    da CNN

    A farmacêutica Pfizer anunciou nesta sexta-feira (8) que planeja delegar a produção de alguns de seus remédios a outras empresas, em preparação para a fabricação em larga escala de uma vacina experimental, caso seja provada sua segurança e efetividade.

    A empresa está chamando cerca de 200 afiliadas para que assumam um papel maior na produção de alguns medicamentos já existentes, disse Mike McDermott, presidente da área de fornecimento global da Pfizer, à Reuters.

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    Isso pode ajudar a companhia a deslocar uma parte da produção em algumas de suas instalações para a produção da vacina contra a Covid-19, sem que haja interrupções no suprimento de outros produtos, conta ele. “Essas empresas foram muito prestativas em outras ocasiões e nos ajudarão a passar por isso.”

    A Pfizer e a alemã BioNTech SE iniciaram nesta quinta-feira (7) a entrega de doses da vacina aos primeiros voluntários nos Estados Unidos. Na Alemanha, os testes em humanos já começaram.

    Se for bem-sucedida, a Pfizer espera receber autorização emergencial da agência reguladora americana (a FDA, Administração de Alimentos e Drogas, na sigla em inglês) já em outubro. A empresa diz que poderia distribuir 20 milhões de doses até o fim de 2020 e, potencialmente, centenas de milhões no próximo ano. 

    A terceirização da produção vai afetar principalmente outras vacinas e fármacos intravenosos. Anualmente, a Pfizer produz cerca de 1,5 bilhão de doses desses produtos.

    McDermott disse que a empresa também deve contratar mais funcionários e mudar o funcionamento de algumas plantas. Mais cedo nesta semana, a farmacêutica anunciou que estava preparando quatro de suas fábricas —três nos EUA e uma na Bélgica— para a fabricação da vacina, antes mesmo de receber o resultado dos testes clínicos.

    A vacina em testes usa uma tecnologia de RNA mensageiro, que tem sido vista com entusiasmo, mas ainda não teve um produto aprovado. Essa técnica instruiria as células do corpo a produzir algumas proteínas específicas, que produziriam uma resposta imunológica ao novo coronavírus. 

    Caso sua eficácia seja comprovada, seria a primeira vacina contra o vírus que contaminou mais de um milhão de pessoas nos EUA e matou outras 77 mil. 

    Produzir esse fármaco em altas quantidades requer que a Pfizer e a BioNTech rapidamente aumentem a capacidade de seus fornecedores em produzir as matérias-primas. Elas também podem enfrentar falta de materiais básicos, como ampolas e seringas usadas para armazenar e aplicar as vacinas. 

    Algumas das empresas afiliadas à Pfizer, como a Lonza e a Catalent, também estão trabalhando com outras farmacêuticas para ajudar a produzir potenciais tratamentos contra o coronavírus. 

    Na semana passada, a Lonza anunciou que estava trabalhando com a empresa Moderna na fabricação de uma outra vacina usando a tecnologia de RNA mensageiro, com apoio do governo americano.

    Em abril, a Catalent concordou em auxiliar a Johnson & Johnson na produção de sua candidata à vacina.

    Essas empresas não responderam à reportagem sobre seus trabalhos com a Pfizer.  

    Com informações da Reuters