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    Aprovação emergencial nos EUA deve acelerar aceitação da Anvisa, diz virologista

    Rômulo Neris faz a ressalva de que a Anvisa é independente, "mas de fato aumenta a credibilidade de uma vacina que até agora tem se mostrado segura"

    Da CNN, em São Paulo



     

    A distribuição das primeiras doses da Pfizer/BioNTech começou a ser feita nos Estados Unidos neste domingo (13). A aplicação das doses começarão nesta semana dando prioridade para os profissionais de saúde e moradores de lares de idosos. A CNN Brasil é a única do país a transmitir as imagens da distribuição das doses da vacina, captadas pela CNN americana. 

    Após a FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora norte-americana, ter aprovado o uso emergencial da vacina, abriu-se a discussão de como este anúncio pode impactar a liberação da vacina da Pfizer no Brasil.

    O virologista Rômulo Leão Silva Neris, que conversou com a CNN neste domingo (13), acredita que as discussões em torno de uma aprovação emergencial devem acelerar a aceitação da Anvisa, mas faz uma ressalva:

    “A Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) é autônoma. Ela não depende da decisão de outros órgãos internacionais para tomar as suas decisões, mas de fato aumenta a credibilidade de uma vacina que até agora tem se mostrado segura e que os dados divulgados, até agora, também demonstram a sua eficácia”, diz.

    O virologista Romulo Leão Silva Neris
    O virologista Romulo Leão Silva Neris (13 dez. 2020)
    Foto: Reprodução / CNN

    O virologista lembra que, para atender toda a população, o Brasil precisa da aprovação de diversos tipos de vacina. E, segundo ele, outros países também estão trabalhando dessa forma.

    Quanto à ordem da aprovação das vacinas no Brasil, Neris explica que a decisão depende da revisão dos dados que são enviados pelos próprios laboratórios às agências reguladoras.

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    “As vacinas que a gente têm em fase 3 já tiveram os seus dados de segurança publicados. Então, não há qualquer questão adicional de segurança que precise ser esclarecida. A gente já sabe que a vacina de Oxford, da AstraZeneca, é segura. A gente sabe que a Coronavac, da empresa Sinovac, é segura — assim como a vacina da Pfizer também é segura.”

    Os documentos que restam para submissão de outras vacinas para a Anvisa são os dados de eficácia, que são disponibilizados conforme os pesquisadores terminam suas análises.

    “O Instituto Butantan, em parceria com a Sinovac, afirmou que deve submeter esses dados já na semana que vem. Se estes dados de eficácia forem robustos e bem consolidados, não é problema a aprovação de uso emergencial desta vacina para distribuição, mesmo antes de outros países, ou juntamente com outros países”, afirma o virologista.

     

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