Brasil poderia ter dado exemplo de vacinação para o mundo, afirma infectologista
Em quase cinco meses de vacinação contra a Covid-19, cerca de 11% da população brasileira recebeu as duas doses do imunizante
Em quase cinco meses de vacinação contra a Covid-19, cerca de 11% da população brasileira recebeu as duas doses da vacina. Na avaliação de Rosana Richtmann, infectologista do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, apesar do ritmo da vacinação ter acelerado nas últimas semanas, o país poderia ter dado exemplo para o mundo na imunização.
“Nosso início foi extremamente tímido. Poderíamos ter iniciado diferente, o Brasil poderia ter dado exemplo para o mundo, visto que está no DNA do brasileiro ser a favor da vacinação. Nós sempre tivemos historicamente boas coberturas vacinais, então tínhamos tudo para sair na frente, mas não saímos, por motivos diversos”, afirmou a médica em entrevista à CNN nesta segunda-feira (14).
A especialista também falou sobre a importância de receber a segunda dose do imunizante contra o novo coronavírus.
“O que vemos agora é uma corrida para pelo menos aumentar o número de brasileiros protegidos com ao menos a primeira dose de vacina, que já é algo importante no sentido de começar a diminuir os casos graves”.
Além disso, segundo Richtmann, para evitar a propagação do vírus e com isso ter uma maior tranquilidade no que diz respeito à ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), além de aumentar o ritmo de vacinação, é preciso deixar mais rígidas algumas medidas de restrição.
“Precisamos monitorar para ver se de fato não estão tendo aglomerações e festas clandestinas, porque [os jovens] é a população não vacinada com nenhuma dose e que tem grande potencial para transmissão do vírus. Isso para não mexer tanto na economia que está tão complicada. [É preciso] Focar nas coisas que são dispensáveis do ponto de vista de risco.”
(*sob supervisão de Elis Franco)