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    Ministério da Saúde quer vacina de dose única contra Covid-19

    De acordo com a pasta, esse perfil é o ideal pela logística e pela economia, mas entende-se que as escolhas podem não seguir esses desejos

    Natália André, , da CNN, em Brasília

    O “perfil da vacina desejada” pelo Ministério da Saúde é de um imunizante com proteção contra o novo coronavírus garantida apenas com uma dose. Além disso, ele quer que a substância seja termoestável por longos períodos em temperaturas de 2ºC a 8ºC. As informações foram divulgadas durante um evento nesta terça-feira (1º).

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    De acordo com a pasta, esse perfil é o ideal pela logística e pela economia, mas entende-se que as escolhas podem não seguir esses desejos.

    A dose única é o primeiro impeditivo. O Brasil só testa uma vacina que tem a proteção garantida com a dose única: a da Johnson & Johnson em parceria com a Janssen.

    O imunizante da Universidade de Oxford, para a qual o governo federal já fechou contrato de compra de 100 milhões de doses, utiliza a proteção dupla, assim como a da Pfizer-BioNTech (franco-norte-americana), da Moderna (norte-americana), da Sinovac (chinesa) e do Instituto Gameleya (russa).

    A questão do armazenamento também pode ser um problema. As duas vacinas que já solicitaram autorização de uso emergencial nos EUA e na Europa precisam de uma temperatura muito abaixo das geladeiras dos postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). A da Pfizer precisa de -70ºC e a da Moderna, -20ºC.

    Frasco de potencial vacina contra Covid-19
    Frasco de potencial vacina contra Covid-19
    Foto: Dado Ruvic/Reuters (3.nov.2020)

    Plano Nacional de Imunização

    O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, falou sobre o perfil da vacina logo após o lançamento da campanha da prevenção contra a Aids. O evento foi realizado no auditório do Ministério da Saúde, em Brasília, e contou com a participação de integrantes da pasta.

    Além do perfil, o secretário retomou pontos do Plano Nacional de Imunização (PNI) que serão discutidos pela Câmara Técnica nesta terça, às 14h, virtualmente. O grupo é composto por mais de 100 pessoas de diversas entidades da saúde como o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Butantan, o Conselho Federal de Medicina e conselhos de secretários de saúde municipais e estaduais.

    Durante o encontro, deve ser estabelecida uma proposta preliminar do PNI, já que o plano definitivo só será divulgado com uma vacina registrada pela Anvisa.

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