Com 889 mortes em 24 h, Brasil tem menor número de óbitos das últimas 9 semanas
País soma 423.229 mortes e 15.209.990 casos de contaminações pelo novo coronavírus
O Brasil registrou, nas últimas 24 horas, 889 mortes e 25.200 casos de Covid-19, segundo divulgou o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) nesta segunda-feira (10).
Com o dado, este é o dia com menor número de mortes registradas nas últimas nove semanas. Contudo, os números costumam ser menores às segundas-feiras devido ao funcionamento escasso de laboratórios e secretarias de saúde aos finais de semana.
Com a atualização o país chega a 423.229 mortes e 15.209.990 casos de contaminações pelo novo coronavírus.
O estado de São Paulo, o mais atingido pela pandemia no Brasil, ultrapassou no último fim de semana a marca de 100 mil mortes e 3 milhões de infectados. Em um comparativo com outros países, considerando os dados divulgados pela Universidade Johns Hopkins, nações como a Alemanha, Espanha, Colômbia e Argentina têm menos vítimas fatais que o estado de São Paulo.
Minas Gerais e Rio Grande do Sul já ultrapassaram a marca de 1 milhão de infectados pela Covid-19 e estão entre os estados brasileiros mais atingidos pela doença. Minas Gerais soma mais de 36 mil mortes e o Rio Grande do Sul tem mais de 25 mil óbitos.
Escassez de vacinas até julho
Com ao menos 12 capitais com a vacinação contra a Covid-19 parcialmente paralisada por falta de doses, a tendência é de que o quadro seja ainda pior nos próximos meses. Esta é a avaliação do presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, em entrevista à CNN nesta segunda-feira (10).
“Infelizmente isso ainda pode piorar nas próximas semanas. A gente acredita que a partir de julho devemos acelerar o processo de vacinação, mas, até lá, teremos muitos problemas”, disse.
Terceira onda irá depender do ritmo de vacinação
O coordenador-executivo do Centro de Contingência da Covid-19 no estado de São Paulo, João Gabbardo, avaliou que uma possível terceira onda do coronavírus só pode ser evitada com a combinação de medidas restritivas — que geraram queda nos indicadores de casos e mortalidade em diversos estados — e avanço da vacinação.
“Esse é um momento crucial, em que os estados estão melhorando os seus indicadores, com redução no número de internações e óbitos. Nós precisamos aproveitar esse período para evitar o risco de uma terceira onda. Uma próxima onda vai depender muito da velocidade da nossa vacinação”, afirmou.