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    Advogada do DF se entrega à PF após ter prisão decretada por suposto envolvimento no 8 de janeiro

    Alvo da Operação Lesa Pátria, Margarida Marinalva não foi localizada durante as diligências; ela só se entregou à noite, após manifestação de apoio da OAB

    Basília Rodriguesda CNN , em Brasília

    A advogada Margarida Marinalva – que teve a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) dentro do inquérito do 8 de janeiro – se entregou na noite de quarta-feira (27) à Polícia Federal (PF), em Brasília.

    Marinalva tem 58 anos e é conselheira da subseção da OAB de Águas Claras (DF). Ela é suspeita de dificultar a perícia dos investigadores ao recolher os aparelhos celulares de investigados pelos ataques às sedes dos Três Poderes.

    A advogada foi um dos três alvos de mandado de prisão da 17ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada na quarta. Outras duas pessoas foram presas em São Paulo. Porém, Marinalva não foi localizada durante as diligências. Somente à noite ela se entregou na sede da PF.

    Dos 30 celulares que foram recolhidos pela advogada, 11 ainda não teriam sido localizados pela investigação.

    O advogado Alexandre Carvalho afirmou à CNN que a atitude de sua cliente foi mal compreendida. Segundo ele, após os ataques, Marinalva esteve no lugar onde estavam os presos, em Brasília, sob a guarda da PF, para prestar apoio e teria recebido pedidos para levar os aparelhos de celular.

    “Chegando lá (no local onde estavam os presos), várias pessoas entregaram uma bolsa de celulares para ela pedindo para que, se a família ligasse, avisasse que eles estavam presos. Foi uma média de 30 celulares. Ela comunicou aos delegados que estavam lá e eles disseram que não sabiam o que fazer. Não havia uma ordem quanto não ficar com o celular”, disse.

    Ainda de acordo com Alexandre Carvalho, a advogada atendeu ligações desses celulares e conversou com familiares dos presos para tranquilizá-los e que estiveram na casa dela para pegarem os aparelhos.

    A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nota em defesa de Margarida Marinalva. Afirmou que o que tem até o momento nos autos “dá a entender que sua atuação se deu dentro dos limites da advocacia”.

    Leia a íntegra da nota da OAB-DF

    “A OAB/DF informa que a Dra. Margarida Marinalva é conselheira da Subseção de Águas Claras e que sua inscrição não possui qualquer registro de suspensão. Os procedimentos éticos dentro da OAB, por lei, são sigilosos e prezam pelo devido contraditório e ampla defesa.

    Por fim, a OAB esclarece que, desde o início das investigações que deram origem ao decreto de prisão, tem atuado como terceiro interessado em favor da Dra. Margarida, pois o que temos até o momento nos autos dá a entender que sua atuação se deu dentro dos limites da advocacia.

    Não tivemos ainda acesso à decisão para conhecer os fundamentos por ela invocados e saber quais as próximas providências, mas não admitiremos jamais a criminalização da advocacia.”

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