Confusão na Câmara de Belford Roxo tem troca de socos e grupo antibomba; assista
Pancadaria teria começado após os vereadores Fabiano Varandão (Novo) e Eduardo Araújo (MDB) tentarem retomar seus mandatos no Legislativo
Uma confusão na Câmara Municipal de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, terminou em briga generalizada entre vereadores na sessão de quarta-feira (27).
A pancadaria teria começado após os vereadores Fabiano Varandão (Novo) e Eduardo Araújo (MDB), que pediram exoneração de cargos na prefeitura da cidade, tentarem retomar seus mandatos no Legislativo municipal.
De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, um homem foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo nos arredores da Câmara Municipal. Um possível disparo dentro da Casa Legislativa é investigado.
Uma equipe do Esquadrão Antibomba chegou a ser acionada para verificar um dispositivo instalado no veículo do secretário da Cultura, Amigo Binho. Os agentes constataram se tratar de um rastreador GPS.
Nas redes sociais, o vereador Fabinho Varandão relatou o alvoroço no local.
“Hoje aconteceu um fato muito covarde aqui na Câmara Municipal de Belford Roxo, onde eu e o vereador Eduardo Araújo viemos tomar posse – tentamos ontem, não conseguimos -, hoje viemos tomar posse e fomos agredidos dentro da Câmara. Eu vi o funcionário que dá um soco na cara do vereador Markinho em plena mesa.”
“Isso é total falta de respeito. Alguém puxou a arma aqui dentro do Plenário. Existe relato de que deram tiro para o alto. Isso é um absurdo. Esse prefeito [Waguinho (Republicanos)] perdeu a cabeça. Isso é política, democracia, nós fomos eleitos pelo povo. Tem que respeitar o nosso mandato. Isso é maior covardia, bater em vereador, puxar arma dentro do plenário. O que é isso, prefeito? Que falta de respeito os seus funcionários fazerem isso com a gente. A gente está aqui para fazer lei dentro dessa casa, fazer indicações, não apanhar igual apanhamos aqui hoje. Falta de respeito”, escreveu o vereador em seu perfil no Instagram.
O vereador Markinho Gandra (PDT) também repudiou o episódio ocorrido na sessão.
“Quero agradecer a Deus a oportunidade estar vivo, né? Depois de uma cena dessas. Lamentável. Infelizmente pessoas que não têm compromisso com a nossa cidade. Nós estamos aqui querendo legitimamente dar posse a dois vereadores eleitos pela população dessa cidade. Mais uma vez o sistema fora de ar. Eles desligam as luzes, não deixam protocolar na prefeitura, não deixam protocolar na Câmara e, hoje, para nossa infeliz surpresa, precisa estar aqui bastante gente armada, parecia um cenário de guerra.”
“A gente é agredido tomando soco, chute, pontapé. Mas eles não vão conseguir a voz da verdade, a voz da união, a voz da liberdade de Belford Roxo, porque nós estamos aqui para libertar essa população e pode ter certeza que aqui não vai levar na marra. Aqui é a lei que vai prevalecer. Tem que respeitar a lei desse país, não é dessa forma, não é na bancada armada que vai levar, não, vamos continuar juntos esses três aqui pela cidade de Belford Roxo. Hoje aqui foi uma vergonha. Prefeito, o senhor deveria ter vergonha do que o senhor manda fazer. Isso não é ditadura”, completou o parlamentar.
