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    Estado do RJ distribui medicamentos do kit intubação aos municípios

    Com a chegada dos remédios, estado pretende abrir 18 leitos de UTI no Hospital Universitário Pedro Ernesto, na zona norte da capital

    Stéfano Salles e Thayana Araujo , da CNN, no Rio de Janeiro

    Mais de 279 mil unidades de medicamentos que fazem parte do kit intubação serão distribuídas nesta segunda-feira (19) aos municípios do Rio de Janeiro, pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Os lotes, enviados pelo Ministério da Saúde, chegaram na semana passada e 94 mil deles já foram distribuídos aos municípios desde a última quinta-feira, totalizando 373 mil itens.

    Cada lote é composto pelos seguintes remédios: cisatracúrio, besilato, fentanila, citrato, midazolam e propofol. Uma parte destes medicamentos será retirada diretamente na Coordenação Geral de Armazenagem (CGA) da SES, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

    O restante será enviado para 34 municípios, em uma operação logística que envolverá o uso de cinco helicópteros do estado. 

    Na última sexta-feira (16), o analista da CNN Leandro Resende mostrou que 32 das 92 cidades do estado corriam o risco de ficar sem medicamentos do kit intubação, segundo um levantamento semanal produzido pelo Conselho de Secretarias de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (Comsens-RJ). Só na capital, eram 40 unidades de saúde com estoque crítico.

    Com a distribuição dos medicamentos, o estado pretende reabrir 18 leitos de terapia intensiva no Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Uerj, na zona norte da capital. Com as últimas entregas de sedativos e bloqueadores neuromusculares, a expectativa da SES é que haja estoque para até mais dez dias de tratamento. O secretário estadual de Saúde, Carlos Alberto Chaves, destacou que há diretrizes para o uso dos produtos: 

    “É preciso também que os gestores dos hospitais destinem o uso desses medicamentos de forma prioritária aos pacientes que necessitam de intubação dentro do protocolo do tratamento da Covid-19. O cenário é preocupante, não só no estado do Rio de Janeiro, como em todo o país, mas estamos trabalhando diuturnamente para solucionar esta questão com legalidade e a agilidade necessária”, informou. 

    Leitos de UTI no Hospital Ronaldo Gazzola, na zona norte do Rio de Janeiro
    Leitos de UTI no Hospital Ronaldo Gazzola, na zona norte do Rio de Janeiro, durante pandemia da Covid-19
    Foto: Wilton Júnior/Estadão Conteúdo (10.mar.2021)

    A entrega da última semana foi composta por medicamentos comprados pela SES, por meio da adesão a uma ata do Ministério da Saúde. A secretaria informa que realiza um processo de compra para suprir a necessidade do estado nos próximos três meses.

    De acordo com o secretário, todas as etapas do processo serão compartilhadas com o Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público (MP-RJ) e Defensoria Pública, para dar transparência às aquisições.

    “Ressaltamos que os medicamentos entregues complementam os estoques dos hospitais, que também são compostos por medicamentos adquiridos pela gestão da própria unidade ou município gestor”, conclui Chaves.

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