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    Manaus retoma vacinação com lista de profissionais e seleção de unidades

    Município afirmou que precisou rever plano de imunização por "baixo volume de vacinas"

    Juliana Faddul, colaboração para a CNN Brasil

     

    Depois de quase 24 horas de suspensão da campanha de vacinação contra Covid-19 em Manaus, a prefeitura da capital do Amazonas decidiu que só receberão o imunizante os profissionais da saúde dos hospitais, prontos-socorros, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Serviços de Pronto Atendimento (SPAs) escolhidos pelo governo estadual.

    O trabalho de vacinação começou na terça-feira (19) estava destinado apenas a profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) que estão atuando na linha de frente contra a Covid-19. 

    Em nota, a prefeitura explica que teve de rever o plano. “Com o baixo volume de doses de vacinas contra a Covid-19 repassado pelo governo do Estado à Prefeitura de Manaus – apenas 40.072 das 282 mil recebidas do Ministério da Saúde, na última segunda-feira, 18 -, o Executivo municipal precisou rever o plano de vacinação.”

    Segundo a prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) solicitou ao estado a lista das unidades de média e alta complexidade prioritárias. O governo do estado também determinou o envio de uma lista nominal dos profissionais que devem receber a vacina. 

     

    A mudança no programa de vacinação aconteceu após duas médicas, as irmãs Gabrielle Kirk Lins e Isabbele Kirk Lins, celebrarem a aplicação do imunizante pelas redes sociais. A publicação chamou a atenção não só de seus seguidores, mas também de órgãos públicos de fiscalização e controle. 

    Gabrielle foi nomeada em cargo comissionado na Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) no dia 18 de janeiro, um dia antes do início da vacinação. A irmã foi nomeada no dia seguinte, segundo consta no Diário Oficial do Município. Elas são filhas de Andrea Kirk Maddy Lima que é casada com Nilton da Costa Lins Júnior, presidente da mantenedora da Universidade Nilton Lins. 

    Em nota assinada em conjunto e publicada na quarta-feira, as Defensorias Públicas da União e do Amazonas, o Ministério Público do Amazonas, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Público de Contas emitiram recomendações para que seja definido um critério na prioridade da vacinação no estado. O Ministério Público do Amazonas está apurando o caso.

    A prefeitura de Manaus afirmou em nota que não houve irregularidade. “Sobre o caso das médicas Gabrielle Kirk Lins e Isabbele Kirk Lins, vacinadas neste primeiro dia de imunização, não há nenhuma irregularidade, uma vez que se encontram nomeadas e atuando legitimamente no plantão da unidade de saúde, para a qual foram designadas, em razão da urgência e exceção sanitárias, estabelecidas nos primeiros 15 dias da nova gestão.”