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    Correspondente Médico: Preocupação pode trazer problemas para a saúde?

    Fernando Gomes falou sobre a inteligência humana e produtividade

    Na edição desta terça-feira (7) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes falou sobre os impactos da angústia e da preocupação na saúde humana. O médico também abordou os temas inteligência e produtividade durante a pandemia.

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    Sobre a preocupação com as conseguências do momento atual ou durante a espera de um resultado de exame de diagnóstico, o especialista considera um estado contraproducente. “Quando desmembramos a palavra, temos descrito exatamente o que ocorre no cérebro humano. Ele fica ‘pré-ocupado’ com pensamentos e expectativas. Além disso, ele fica em um estado de alerta mantido às custas da ativação sustentada do sistema nervoso autônomo simpático, com mais adrenalina circulando pelo corpo. O fim disso só vem com o resultado do exame e a conclusão do estado de atenção”, explicou.

    O especialista alertou para a necessidade de se cumprir o distanciamento social enquanto não se tem o resultado do exame solicitado. “Se existe a dúvida, é prudente que a pessoa já faça o isolamento de forma voluntária e amorosa com as pessoas. Nosso comportamento nesta situação é um ato de amor”, acrescentou.

    Inteligência 

    Existem diversos tipos de inteligência: intrapessoal, interpressoal, linguística, motora, especial, musical e ainda outras. Algumas ganham destaque ou podem ser de maior ajuda durante uma pandemia. O médico explicou como funciona a inteligência no cérebro humano e dos animais.  

    “A inteligência é a capacidade de resolver problemas e não foi registada apenas em nós, humanos. Os Orangotangos, que têm uma inteligência equivalente a uma criança de 6 anos, possuem o cérebro reptiliano, sistema límbico e o neocórtex menos desenvolvido do que os humanos. Portanto, não há um lugar específico para o ‘nascimento’ da inteligência, pois ela pode trabalhar em diversas áreas do cérebro”, disse.

    Produtividade

    Com o processo da retomada econômica gradual de alguns setores, funcionários que ficaram afastados de suas atividades ou que estavam desempenhando o trabalho em casa, voltam a assumir os seus postos presencialmente. Durante este período, o indivíduo passa por readaptações e isso pode impactar na produtividade.

    Gomes explicou que o cerébro humano tem como característica a neuroelasticidade, isso significa que somos resilientes a situações a que ficamos expostos e, portanto, nos adaptamos a tudo que é preciso. Da mesma forma que as pessoas tiveram que se adaptar ao home office, elas vão se adequar à nova rotina, mesmo que possa existir um certo medo ou insegurança pela exposição ao novo coronavírus.

    “Naturalmente, existem pessoas que já são mais resilientes, ou seja, indenpendente do que aconteça na vida, ela volta a funcionar como está acostumada. A memória de longo prazo ajuda muito nesse comportamento”, afirmou.

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