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    Pesquisadores de Oxford e da Unifesp explicam produção da vacina inglesa

    Vacina inglesa pode ser distribuída no Brasil ainda em 2020

    A vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, já tem testes realizados no Brasil e poderá ficar disponível à população ainda neste ano. A afirmação é da diretora-médica do grupo farmacêutico Astrazeneca, Maria Augusta Bernardini. A empresa anglo-sueca participa das pesquisas da universidade inglesa em parceria com Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 

    Em entrevista à CNN, Pedro Folegatti, infectologista brasileiro e clínico líder no programa de vacinas COVID-19 no Reino Unido e a diretora do Instituto de Saúde Global da Universidade de Siena e pesquisadora da Unifesp, Sue Ann, explicaram alguns procedimentos da vacina e quais são os próximos passos para que ela, de fato, seja distribuída ainda este ano no país.

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    “A gente se encontra na fase três de todo o processo, começamos este estudo há cerca de um mês e já vacinamos mais de 7 mil voluntários. É complicado dizer quando a vacina estará disponível porque isso está sujeito às respostas da vacina”, explicou Folegatti.

    Ambos os pesquisadoress reportam diretamente para o Andrew Pollard, professor de Infecção e Imunidade Pediátrica da Universidade de Oxford e líder da equipe de testes clínicos que está desenvolvendo a vacina contra a Covid-19 no Reino Unido. 

    Além da transferência de informações entre os polos de pesquisa, Ann explicou como funciona o processo de monitoramento dos voluntários.

    “Dentro da fase três, temos que provar a eficácia da vacina. Nós esperamos uma vacina com, no mínimo, 70% de eficácia. Nesta fase também temos dois grupos: um com a vacina candidata e outro com o placebo. A partir disso, nós monitoramos as pessoas vacinadas e possíveis contaminações pela Covid-19”, acrescentou.

    Folegatti avaliou o cenário de produção no Brasil como positivo e afirmou que “sem dúvida, é um processo importante para o país, principalmente por garantir a transferência de tecnologia não apenas para esta vacina, mas também com as outras. Isso coloca o Brasil em uma posição muito importante”, concluiu.

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