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    OMS entrevista cientistas de Wuhan sobre origens do coronavírus

    Uma equipe de investigação está na China para entender mais detalhes sobre a pandemia da Covid-19

    Emma Farge e Michael Shields , da Reuters

    Uma equipe da Organização Mundial de Saúde está na China para investigar as origens da Covid-19 e teve “longas discussões” e conversas com cientistas em Wuhan, onde o surto foi originalmente detectado, disse um porta-voz, nesta terça-feira (4).

    As conversas incluíram atualizações de uma pesquisa sobre a saúde de animais, disse. A China fechou um mercado de animais selvagens em Wuhan, no começo do surto, um dia depois de descobrir que alguns pacientes eram vendedores e negociantes.

    A OMS disse que o vírus provavelmente surgiu de morcegos e teve outro portador animal intermediário.

    Os resultados da investigação da OMS são aguardados com ansiedade por cientistas e governos ao redor do mundo, nenhum mais do que o dos Estados Unidos, que pressionou bastante pela missão. O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, acusa a OMS de ser centrada na China e planeja sair da agência por causa da maneira como ela lidou com a pandemia.

    “A equipe teve longas discussões com seus correspondentes chineses e recebeu atualizações sobre estudos epidemiológicos, análises biológicas e genéticas e sobre pesquisas na saúde de animais”, disse Christian Lindmeier, a repórteres, dizendo que isso incluiu discussões por vídeo com virologistas e cientistas de Wuhan.

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    A missão de três semanas com dois especialistas em saúde animal e epidemiologia tem a tarefa de preparar o terreno para uma equipe mais ampla de especialistas chineses e internacionais que buscará descobrir como o vírus que causa a Covid-19 atravessou a barreira das espécies de animais para humanos.

    Lindmeier não forneceu detalhes do cronograma ou composição da missão mais ampla.

    Termos de referência para essa missão foram produzidos junto com autoridades chinesas, em forma de rascunho, disse, e ainda não estão disponíveis ao público.

    A composição da equipe deve ser um assunto sensível porque qualquer exclusão de especialistas dos EUA seria controversa. Outra questão seria o nível de acesso concedido por Pequim.

    Trump e o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disseram que a origem do patógeno foi um laboratório em Wuhan, embora não tenham apresentado nenhuma evidência. A China negou. Cientistas e agências de inteligência dos EUA dizem que ele surgiu da natureza.

    O chefe de emergências da OMS, Mike Ryan, disse na segunda-feira que surpresas eram possíveis.

    “O fato de que o alarme de incêndio foi ativado (em Wuhan) não significa necessariamente que foi lá que a doença passou de animais para humanos”, disse.

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