Após embate com Pazuello, Doria escala técnicos para falar sobre vacina
Outros gestores querem "ver para crer" em mudança de tom
Em entrevista exclusiva à CNN nesta quarta-feira (9), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que no caso de um pedido de uso emergencial de uma vacina contra a Covid-19 – situação que um imunizante é liberado sem o registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) –, a vacinação no Brasil pode começar no final do mês.
E como os governadores dos principais estados brasileiros reagiram ao novo tom do ministro? As informações são da âncora da CNN Daniela Lima e dos analistas Renata Agostini e Iuri Pitta.
Até o momento, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que se envolveu publicamente num bate-boca com Pazuello, decidiu sair de cena. Ele afirmou que não comentaria o novo plano e delegou a missão de falar sobre o assunto aos técnicos do governo.
Isso sinaliza que a ciumeira expressa em críticas de diversos governadores nesta terça-feira (8), que acusaram Doria de jogar sozinho para pressionar o governo Bolsonaro a mudar seu discurso sobre a vacina, fez o governador de São Paulo recuar para acalmar possíveis aliados na disputa pela Presidência em 2022.
Assista e leia também:
Pazuello diz que conversa com Doria foi ‘polida e cortês’, apesar das diferenças
Pazuello: ‘Vacinação da Pfizer pode começar em dezembro ou janeiro’
Testes da vacina da Pfizer excluíram pessoas com histórico de alergias graves
A posição do governador do Bahia, Rui Costa (PT), ainda é de desconfiança com relação à mudança de tom de Pazuello.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), acredita também que a declaração do ministro não tranquiliza.
Para Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo, é ótimo que o Ministério queira vacinar as pessoas o quanto antes e comprar todos os imunizantes disponíveis, mas desde que isso se converta em realidade.
(Publicado por Sinara Peixoto)