Vacina da Janssen atrasa e deve chegar ao Brasil nesta quarta-feira (16)
Primeiros 3 milhões de doses chegariam na manhã desta terça-feira (15); imunizantes têm prazo de validade próximo e servirão apenas para capitais
A importação das 3 milhões de doses da vacina da Janssen não ocorrerá nesta terça-feira (15), como o previsto anteriormente pelo Ministério da Saúde. Por questões de logística de voos e cargas, o chefe da pasta, Marcelo Queiroga, disse que as doses devem chegar nesta quarta-feira (16). A informação foi anunciada pela farmacêutica nesta segunda-feira (14) ao Ministério da Saúde.
A nova previsão dá conta de que o lote sairá nesta terça-feira dos Estados Unidos e não mais nesta segunda. Queiroga falou sobre isso a jornalistas na porta do Ministério da Saúde.
Com o atraso, as capitais dos estados deverão receber as doses, no máximo, entre sexta-feira e sábado, já que a pasta se compromete em fazer as distribuições em até 48 horas. As doses chegarão no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e já ficarão por lá, no Centro de Distribuição do Ministério da Saúde.
Já a empresa, por nota, não cravou a nova data, apenas, que segue conversando com o governo brasileiro.
“Seguimos dialogando com o Ministério da Saúde e outras autoridades locais com o objetivo de disponibilizar a vacina no país o quanto antes. A companhia está comprometida em oferecer acesso global igualitário à sua vacina contra a COVID-19 em um modelo sem fins lucrativos para uso emergencial durante a pandemia. Como parte deste compromisso, reconhece a importância de assegurar que as pessoas no Brasil tenham acesso ágil à sua vacina”, diz o comunicado da Janssen.
O imunizante da Janssen/Johnson & Johnson é a único no mundo contra a Covid-19 que garante imunização com apenas uma dose.
O Ministério da Saúde tem acordo de compra de 38 milhões de doses. Desse total, que só chegariam no final do ano, a pasta conseguiu o adiantamento de 3 milhões para este mês. As doses chegarão com o prazo de validade perto do fim e, por isso, apenas as capitais dos estados deverão recebê-las.
A Anvisa avalia a ampliação da validade de 3 meses para 4 meses e meio. A Diretoria Colegiada trará uma decisão ainda nesta semana.