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    Ricardo Barros: saída de Teich é lamentável e embate sobre cloroquina é inútil

    Ex-ministro da Saúde lembrou que Conselho Federal de Medicina permitiu uso do remédio com consentimento do paciente

    Da CNN, em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (15), o deputado federal e ex-ministro da Saúde Ricardo Barros (PP-PR) disse que a saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde em razão do uso da cloroquina para o tratamento do novo coronavírus é “lamentável”, e que essa discussão é “inútil”. Barros chefiou a pasta no governo de Michel Temer.

    Segundo Barros, se tanto Teich quanto o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, não querem seguir a recomendação do Conselho Federal de Medicina, “paciência”. “São eles que têm que se enquadrar, porque a categoria deles [dos médicos] já aprovou, desde que haja acordo entre médico e paciente”.

    Teich pediu demissão hoje, e não chegou a completar um mês no cargo. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defende mudanças no protocolo do uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, mas o agora ex-ministro é contra.

    Gestão

    Segundo Barros, o que falta para a Saúde é uma boa gestão e não mais dinheiro. 

    “Mandetta quando saiu disse que não faltaram recursos, que escolheu sua equipe pelo currículo e que teve todas as condições de trabalho. Então, se Mandetta com tudo isso não conseguiu comprar respirador, trazer equipamentos de proteção individual, o que está faltando é capacidade de gestão, de fazer a máquina pública funcionar”.

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    Barros testou positivo para o novo coronavírus e afirmou que tomou o medicamento. “O médico explicou os efeitos colaterais, eu assinei a autorização e tomei cloroquina, azitromicina e anticoagulante. Tive poucos sintomas, uma tosse leve e já estou de alta”. 

    Bolsonaro

    Ao avaliar a gestão do governo federal na crise, Barros disse que as interferências do presidente são “retóricas”.

    “Ele nunca desautorizou nenhuma medida de Mandetta ou de Teich de manter o isolamento, o lockdown, e apoiar os estados e municípios”.

    Ele disse ainda que Bolsonaro deu todas as condições financeiras tanto para o Ministério da Economia quanto da Saúde para executarem as ações necessárias ao combate da Covid-19 no país. “Ele não desautorizou os ministros quando discordavam da sua posição. Ele apenas manteve sua posição”.

    Próximo ministro

    O secretário-executivo Eduardo Pazuello é o mais cotado para ser o substituto de Teich. Na visão de Barros, Pazuello é a solução mais adequada.

    “Eu não acredito que a indicação do novo ministro seja partidária. O novo ministro pode ser filiado a um partido, como a Tereza Cristina, Mandetta e Osmar Terra, mas não foram indicados pelos seus partidos. Acho que a permanência de Pazuello é fundamental. Se não como ministro, como secretário-executivo do novo ministro”.

     

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