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    Com maior produção local, Saúde espera 30 milhões de doses de vacina em março

    Instituto Butantan e Fiocruz devem entregar neste mês lotes expressivos de doses produzidas no Brasil com insumos importados

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

     

    O total de doses de vacinas contra a Covid-19 disponíveis para o Brasil pode crescer de forma exponencial em março, a se confirmar a expectativa do Ministério da Saúde. De pouco mais de 6 milhões de doses em fevereiro, a projeção é a disponibilização de 30 milhões neste mês de março.

    O gatilho para a expansão do quantitativo de imunizantes é a expansão da produção local da Coronavac e da vacina de Oxford, preparadas no Brasil pelo Instituto Butantan e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). É esperada, também, a primeira remessa do consórcio internacional Covax Facility.

    O Butantan já produz localmente vacinas contra a Covid-19 desde janeiro, mas o quantitativo deve crescer em cinco vezes entre fevereiro e março. O cronograma do Ministério da Saúde prevê que a entidade ligada ao Governo de São Paulo entregue 23,3 milhões de doses da Coronavac neste mês.

    A Fiocruz é esperada para dar a largada na produção local da vacina de Oxford e da AstraZeneca. Até agora, o Brasil recebeu 4 milhões de doses importadas, produzidas em um laboratório indiano. A expectativa é de 3,8 milhões de doses do imunizante produzidas no país em março.

    Por fim, a pasta conta ainda com a primeira remessa do Covax Facility, o consórcio ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS). O Covax deve enviar ao Brasil, segundo o cronograma, 2,9 milhões de doses, também da vacina Oxford/AstraZeneca.

    O cronograma divulgado pelo Ministério da Saúde neste sábado (6) não lista a vacina indiana Covaxin. Nas projeções anteriores, o governo federal listava as primeiras 8 milhões de doses do imunizante da farmacêutica Bharat Biotech neste mês.

    IFA importado

    A produção local de vacinas contra a Covid-19 não depende apenas, no entanto, de insumos presentes aqui no Brasil. Na verdade, todos os registros do cronograma preveem que o Butantan e a Fiocruz trabalhem em “produção nacional com IFA importado”.

    O IFA é o ingrediente farmacêutico ativo, a substância que carrega a função esperada para vacinas e medicamentos. A Coronavac é uma vacina cujo IFA é o próprio vírus, no caso o novo coronavírus, só que inativado. A vacina de Oxford é uma vacina feita com um vírus modificado para imitar o causador da Covid-19.

    Produção da Coronavac no Instituto Butantan (14.jan.2021)
    Produção da Coronavac no Instituto Butantan (14.jan.2021)
    Foto: CNN Brasil

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