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    Diferentes ‘linhagens’ do novo coronavírus podem causar reinfecção, diz médica

    Marilda Siqueira, do Instituto Oswaldo Cruz, afirmou que pequenas diferenças nos vírus em circulação podem infectar novamente uma pessoa recuperada da Covid-19

    Da CNN, em São Paulo

    O primeiro caso brasileiro de reinfecção pelo novo coronavírus foi confirmado pelo Ministério da Saúde nesta semana. A virologista Marilda Siqueira, do Instituto Oswaldo Cruz, explicou, em entrevista à CNN nesta quinta-feira (10), que pequenas diferenças nos genomas dos vírus em circulação podem ser responsáveis por uma nova infecção em pacientes já recuperados da Covid-19.

    “Essas diferenças não indicam uma maior gravidade da doença, pelo que conhecemos até o momento, mas este é um fenômeno que acontece com vários vírus que, ao longo de uma pandemia, em que há uma circulação intensa, eles podem apresentar diferenças no genoma”, disse.

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    Segundo a especialista, há vários tipos de coronavírus em circulação no Brasil e no mundo. “Nós temos várias ‘linhagens’ do coronavírus circulando concomitantemente em diferentes regiões do Brasil. Neste caso específico de reinfecção, a paciente apresentou, no primeiro episódio, uma ‘linhagem’ do vírus e, 116 dias depois, ela foi infectada com outra ‘linhagem’. Isso pode ter muito a ver com a capacidade de resposta individual de cada pessoa à infecção pelo coronavírus”, explicou a especialista.

    A médica ainda explicou que, apesar de relatos de outros casos de reinfecção por Covid-19 no país, este foi o primeiro confirmado por atender aos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

    “Esse caso se encaixou perfeitamente, de acordo com todos os critérios [das organizações de saúde]. Nós já recebemos em nosso laboratório vários casos suspeitos de reeinfeção, e, dentro dos critérios estabelecidos, muitos já foram descartados e outros estão sob investigação”, concluiu.

    Movimentação na região da 25 de março, em São Paulo, em meio à pandemia da Covid
    Movimentação na região da 25 de março, em São Paulo, em meio à pandemia da Covid-19
    Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo (9.dez.2020)

    (Publicado por Daniel Fernandes)